PUBLICIDADE

Brasil vira maior mercado para app de paquera Happn

Serviço tem 1,7 milhão de usuários no País; São Paulo lidera o ranking das cidades, com 600 mil solteiros à procura de um par

Por Bruno Capelas
Atualização:

CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

 Foto:

PUBLICIDADE

O Brasil se tornou o principal mercado para o aplicativo de relacionamento Happn. Lançado no País em abril de 2015, o serviço alcançou a marca de 1,7 milhão de usuários – no mundo, são mais de 10 milhões de perfis cadastrados. Em menos de um ano, a capital paulista se tornou a cidade com mais solteiros à procura de novos parceiros dentro do aplicativo, com uma rede de mais de 600 mil pessoas. “Sabíamos que o Brasil tinha um enorme potencial, mas não esperávamos crescer tão rápido”, disse a diretora de tendências do Happn, Marie Cosnard, ao Estado.

Leia também:De veganos a evangélicos, nichos aquecem mercado de apps de paquera

Em visita ao País para promover o serviço e palestrar durante a nona edição da Campus Party, feira de tecnologia e cultura digital que acontece em São Paulo até amanhã, a francesa projeta que ainda há muito espaço para crescer. “Queremos dobrar o número de usuários no Brasil em 2016”, diz.

Ao tentar explicar as razões do sucesso do Happn no Brasil, Marie faz menção ao estilo de vida do brasileiro. “Vocês são um povo muito sociável. Vi os brasileiros usando o Happn do jeito certo: depois de se encontrarem no app, as pessoas vão realmente conversar pessoalmente”, afirma.

Tempo-espaço. Criado em 2014, o Happn usa a geolocalização para superar a concorrência com outros aplicativos de relacionamentos. Pioneiros no setor, rivais como Tinder e Grindr – este último, voltado para o público gay – apostam na ideia de mostrar pessoas que estão próximas ao usuário para criar um relacionamento.

Já o Happn aproveita-se dos trajetos do usuário para mostrar pessoas com quem ele possa ter cruzado no caminho diário entre o trabalho e sua casa. “Todos nós já vimos alguém interessante no ônibus ou no metrô e nos arrependemos de não ter abordado a pessoa. O Happn nos dá uma segunda chance”, explica Marie.

Publicidade

Ao abrir o aplicativo, o usuário consegue ver uma linha do tempo com os perfis de potenciais paqueras com quem tenha dividido um vagão de metrô ou encontrado na rua, por exemplo. É possível curti-las ou não – se a atração for recíproca, o aplicativo abre uma janela para que o casal em potencial converse. De acordo com a executiva, a necessidade de sair para as ruas é um dos pontos preferidos dos usuários. “Nos antigos sites de paquera, era fácil se sentir um perdedor: você queria conhecer novas pessoas, mas perdia muito do seu tempo na frente do computador só conversando.”

Além de curtir os perfis, é possível também chamar a atenção deles, usando um comando chamado ‘charme’. É através dessa ferramenta que o Happn ganha dinheiro: cada ‘charme’ custa um crédito, que é vendido pela empresa dentro do próprio app. Hoje, um pacote com 10 créditos custa R$ 7,89 no aplicativo; com 100 créditos sai por R$ 66,99.

O serviço, que ainda não cobre seus custos de operação com suas receitas, também planeja atrair anunciantes nos próximos meses. “Não faremos publicidade intrusiva, com banners e pop-ups, mas sim campanhas que usem nossa estrutura”, diz Marie. A previsão do Happn, que recebeu US$ 22 milhões em investimentos em 2015, é começar a lucrar até o final de 2016.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.