SÃO PAULO – O Google publicou nesta quinta, 27, resultados do seu relatório semestral de transparência que mostram quantas requisições por dados de usuários governos fizeram à empresa. Desde que o “Transparency Report” passou a ser feito, em 2009, a quantidade de solicitações aumentou 120%. O Brasil, que no primeiro relatório ocupou o primeiro lugar, à frente dos Estados Unidos, com 3.663 pedidos, está na 6ª posição com 1.085 solicitações ao Google. Na contramão da tendência mundial, os números sobre o Brasil apresentam queda.
O topo do atual ranking é composto por Estados Unidos em primeiro lugar (10,5 mil solicitações), seguido de França (2,7 mil), Alemanha (2,6 mil), Índia (2,5 mil) e Reino Unido (1,3 mil).
Embora o número de solicitações no mundo tenha apresentado um aumento vertiginoso (foram 27,4 mil pedidos no 2º semestre de 2013, uma alta de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior), os números referentes a Brasil mostraram queda de 10,4% (chegando a 1 mil, no último período analisado).
A taxa de solicitações atendidas pelo Google, proporcionalmente, também apresentou queda. No segundo semestre de 2010, das mais de 14 mil solicitações recebidas do mundo todo, 76% foram atendidas; no mesmo período de 2013, das 27 mil, 64% foram atendidas.
No entanto, a quantidade de usuários especificados nestas solicitações (dos quais o governo gostaria de obter informações) cresceu 68% (entre 2010 e 2013). A única “boa notícia” referente a esse recorte é que o número tem se mostrado estável comparando-se os dois semestres de 2013 (o primeiro com 42,5 mil usuários e o segundo com 42,6 mil). O Brasil também foi na contramão nesse quesito, exibindo queda de 1,5 mil para 1,4 (queda de 6,6%) entre os mesmos períodos do ano passado.
Com a devida determinação judicial, o Google pode ser obrigado a compartilhar informações de seus usuários. Entre os gêneros de informações que podem passar das mãos do Google para de autoridades governamentais estão nome de usuário e endereços IPs utilizados pela conta. Se a requisição for mais profunda, é possível que se tenha acesso a conteúdo de e-mail, fotos privadas, vídeos no Youtube e documentos localizados no Drive, por exemplo (saiba mais aqui e assistindo ao vídeo legendado abaixo).
O relatório com os dados atualizados, referentes ao último semestre de 2013, pode ser visto na página do Transparency Report.