É a maior valorização da moeda virtual, que circula na web em um sistema financeiro paralelo
O Bitcoin, moeda virtual anônima e descentralizada, atingiu a sua maior valorização nesta terça-feira: US$ 200. Na semana passada, o Bitcoin havia quebrado outro recorde – US$ 147. No início do ano, cada Bitcoin valia apenas US$ 20.
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Especula-se que a alta seja uma consequência da crise européia e da atenção da mídia sobre a moeda virtual. A falta de confiança no sistema bancário também tem sido apontada como uma das razões da valorização da moeda virtual.
A alta, porém, provoca temor. Ela pode ser apenas uma bolha – que explodirá – e há preocupações em relação à privacidade das transações.
Além disso, o Bitcoin tem sido vítima de ataques. Na semana passada, o maior site de câmbio foi atacado por hackers que queriam “desestabilizar o sistema Bitcoin em geral”. Segundo os administradores do site, a ideia dos criminosos era provocar um pânico que desvalorizasse a moeda, para depois comprar o máximo possível de Bitcoins.
Outros criminosos aproveitaram uma vulnerabilidade no Skype para invadir computadores de usuários comuns e fazer as máquinas das vítimas trabalharem para gerar Bitcoins para si.
Moeda P2P. Criado em 2009 por um autor que não revela seu nome real, o Bitcoin é uma moeda que gera valor do processamento computacional. As moedas são geradas por máquinas trabalhando incessantemente – quanto mais máquinas, mais moedas são geradas. Hoje há 11 millhões de Bitcoins em circulação.
A moeda permite que se realize transações de forma totalmente anônima – por isso, é usada por entidades como o Wikileaks para receber doações. Recentemente, o Internet Archive também comemorou uma experiência bem-sucedida com a moeda virtual.
Nos EUA já é possível comprar bens reais em Bitcoins, além de trocar as moedas por dólares. Há vários profissionais que já aceitam receber pagamentos na moeda virtual.