Pelo menos 50 violações foram encontradas em empresa chinesa que fabrica iPhone e iPad para a Apple
NOVA YORK – A primeira auditoria externa realizada na cadeia de oferta da Apple Inc. encontrou excesso de horas trabalhadas e assuntos relacionados com saúde e segurança em seu maior fabricante, colocando mais pressão na gigante de tecnologia para colocar fim na violação dos direitos dos trabalhadores da China.
A investigação da fabricante Hon Hai Precision Industry Co, conhecida como Foxconn, foi conduzida pela Associação do Trabalho Justo, um grupo que se juntou à Apple em janeiro. A investigação foi baseada, em parte, em levantamentos com 35.500 trabalhadores que fabricam produtos para a Apple, como iPads e iPhones, em três empresas da Foxconn em Shenzhen e Chengdu.
O grupo – um dos mais detalhistas em investigações do trabalho em fábricas chinesas até o momento – encontrou pelo menos 50 violações às leis chinesas, segundo dados do relatório.
As três empresas investigadas violaram o código de conduta assinado pela Apple junto à Associação do Trabalho Justo (FLA, na sigla em inglês). Os auditores descobriram funcionários trabalhando mais dias do que o permitido pelos padrões da FLA em linhas de montagem.
meses no passado quando a maioria dos trabalhadores excederam o máximo legal de 36 horas extras de trabalho por mês. A Foxconn concordou em adequar as jornadas de trabalho em suas linhas de produção na China para o limite de 40 horas semanas de trabalho e 36 horas extras semanas no máximo por mês até julho de 2013. Segundo a FLA, a Foxconn vai precisar contratar centenas de trabalhadores extras para completar seus quadros.
Em comunicado, a Apple disse que concorda totalmente com as recomendações da FLA, e que “acredita que esclarecer os trabalhadores de seus direitos é essencial”. A Foxconn não se pronunciou sobre o assunto. As informações são da Dow Jones.
/ Patrícia Braga (Agência Estado)