A AOL disse nesta quinta-feira, 10, que vai cortar 900 postos de trabalho, ou quase 20% de todos seus funcionários no mundo, em parte para eliminar a sobreposição de cargos com a recente aquisição do site de notícias Huffington Post.
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Quase 200 das vagas cortadas são do departamento de conteúdo e tecnologia da AOL nos Estados Unidos. Os 700 restantes são do escritório da AOL na Índia, que fornece apoio ao escritório central nos Estados Unidos. Mas o porta-voz da AOL Graham James disse que 300 deles vão ser realocados em empresas tercerizadas para excercer funções de suporte.
Com as demissões desta quinta, a AOL permanece com 3.500 funcionários nos Estados Unidos e cerca de 500 no exterior. No total, o número de cargos é um quinto do que a empresa já teve, em 2004, quando o quadro era de mais de 20 mil funcionários.
A AOL reinava no passado como o principal provedor de internet discada, conhecida pelos seus onipresentes CD-ROMS enviados por correio e pela mensagem “You’ve got mail” (você recebeu uma correspondência, em inglês) escrita nos envelopes.
A AOL pagou US$ 315 milhões pelo Huffington Post como parte de uma tentativa de se tornar um portal de notícias e outros conteúdos. O acordo, anunciado no mês passado, foi fechado nesta segunda-feira.
O CEO da AOL, Tim Armstrong, disse em uma coletiva de imprensa em Nova York que a empresa não tem planos imediatos de mais cortes. Mas acrescentou que “em nossa situação, não temos o luxo de ter planejamento a longo prazo”.
Armstrong disse que a AOL vai fazer contratações neste ano e vai tentar ampliar o número de jornalistas contratados e depender menos de freelancers. Ele disse que quase metade da equipe agora é dedicada à produção de conteúdo, porcentagem que ele pretende aumentar para 70%.
/ Barbara Ortutay e Peter Svensson (ASSOCIATED PRESS)