PUBLICIDADE

Antigos fãs da Apple dão chance para Android

Preço alto e falta de novidades fazem brasileiros deixarem de trocar iPhone todo ano e buscarem alternativas

Por Bruno Capelas
Atualização:

WERTHER SANTANA/ESTADÃO

 Foto:

PUBLICIDADE

Há alguns anos, trocar de iPhone a cada novo lançamento era um costume comum para muitos brasileiros. A inovação tecnológica dos aparelhos, as novidades no design da Apple – além do câmbio com o dólar mais favorável – eram bons motivos para que as atualizações acontecessem constantemente. No entanto, isso mudou nos últimos tempos: outrora fãs da marca, alguns usuários têm deixado de substituir o aparelho pela versão mais recente ou perceberam que o sistema operacional do vizinho também pode ser interessante.

Leia também:Com poucas inovações, Apple vive encruzilhadaComprar e vender smartphone usado vira bom negócio na crise

Foi o que aconteceu com o redator publicitário Ariel Agusto, que acompanhou os modelos da empresa do iPhone 3 até o iPhone 5S, lançado em 2013. “Eu gostava do design, mas sempre sentia uma limitação nos aparelhos, como se eu não pudesse fazer o que eu queria com o meu próprio celular”, diz. Depois que o modelo 5S teve problemas técnicos, ele decidiu dar uma chance a um Zenfone 5, da taiwanesa Asus.

“Depois que passei a usar um Android, percebi que a Apple não era tão exclusiva e inovadora quanto eu achava. O Android oferece tanta liberdade que as pessoas não percebem o quanto elas são guiadas pelo iOS”, explica Agusto.

Já o empresário curitibano Eduardo Senff desistiu de trocar de modelo todo ano. “As inovações que cada geração nova traz não valem o preço que a gente paga”, diz. Após comprar um iPhone 5S, Senff só pretende renovar a fidelidade com a Apple após o lançamento do próximo iPhone.

Há, no entanto, quem tenha mudado para o Android e se arrependido. É o que aconteceu com o gaúcho Álvaro Andrade, produtor audiovisual. Depois de usar um iPhone 4S por quatro anos – resistindo até a “chuva, queda e barro” –, ele resolveu apostar em um Moto G, da Motorola.

Publicidade

“O desempenho de bateria não é o mesmo, e muitas vezes o aparelho tem problemas no sinal de 3G e 4G em áreas fechadas”, explica Andrade, que pretende repassar o celular para a irmã e comprar um iPhone usado nos próximos meses.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.