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Anonymous ataca site do governo sírio

Grupo de hackers ativistas derruba site do Ministério da Defesa e publica manifesto de apoio aos protestantes sírios

Por Rafael Cabral
Atualização:

Grupo de hackers ativistas derruba site do Ministério da Defesa e publica manifesto de apoio aos protestantes sírios 

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SÃO PAULO – Abafados à força, os protestos do povo sírio estão ganhando ressonância na internet. Nesta segunda-feira, 8, o grupo de hacktivistas Anonymous conseguiu derrubar o site do Ministério de Defesa e substitui-lo por um manifesto de apoio aos cidadãos do país, que sofrem violenta repressão do governo do presidente Bashar al Assad:

“Para o povo sírio: o mundo está se levantando contra o brutal regime de Bashar Al-Assad. Saibam que o tempo e a história estão ao seu lado – tiranos usam violência porque eles não têm outros outros meios. O quanto mais violentos eles são, mais frágeis se tornam. Nós admiramos sua determinação em não se tornarem violentos apesar da brutalidade do regime e admiramos também o ímpeto do povo de perseguir a Justiça, não apenas vingança. Todos os tiranos cairão e, graças a bravura de vocês, Bashar Al- Assad será o próximo. Para os militares sírios: Vocês são responsáveis por proteger o povo Sírio. Todos os que mandem vocês matarem mulheres, crianças e velhos devem ser julgados por traição. Nenhum inimigo externo poderia fazer mais mal a síria que Bashar Al-Assad tem feito. Defenda o seu país – levantem-se contra o regime!”

Desde março, manifestantes inspirados nas revoltas da Tunísia e do Egito protestam nas ruas da Síria pedindo a queda do político, herdeiro de uma ditadura há 41 anos no poder. Em reação, Bashar Assad vem comandando uma ofensiva militar sanguinolenta, abrindo fogo contra os próprios cidadãos.

Na última semana, o governo intensificou a investida militar e ocupou com tanques a cidade de Hama, um dos principais focos de rebeldes. Moradores atestam que pelo menos 300 pessoas perderam a vida. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos calcula que pelo menos 1.686 civis e 401 soldados da força de segurança morreram desde o início da revolta.

Clique para ampliar o screenshot da invasão do Anonymous:

 Foto:
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