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América Latina não é suficiente para RIM

Analistas se mostram apreensivos sobre capacidade da RIM de voltar a ser competitiva

Por Carla Peralva
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Analistas se mostram apreensivos sobre capacidade da RIM de voltar a ser competitiva

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ORLANDO – Começa nesta terça-feira, 1º, em Orlando, nos Estados Unidos, o BlackBerry World (BBW), convenção anual da Research in Motion (RIM) para parceiros, desenvolvedores e analistas.

Entre eles, o clima na véspera do início do evento é de curiosidade e apreensão sobre o pronunciamento de Thorsten Heins, que assumiu o cargo de presidente-executivo em janeiro, após a renúncia de Jim Balsillie e Mike Lazaridis por pressão de investidores e acionistas.

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O lançamento deu novo fôlego aos negócios mas não foi suficiente para tirá-los da contínua queda que começou em 2010. Para esta terça, espera-se que alguma novidade em relação à nova plataforma de desenvolvimento BlackBerry 10, anunciada em outubro, seja revelada – e que seja suficiente para fazer com que a companhia volte a ser competitiva – reconquistando grandes mercados como o norte-americano e o europeu.

Segundo o analista Mark Sue, do RBC Capital Markets, conforme o noticiado pela Reuters, a empresa deve continuar perdendo fatias do mercado de smartphones nos próximos meses. A RIM, que contava com 8,8% de participação mundial no quarto trimestre de 2011 de acordo com a Gartner, deve ver esse percentual cair para 5% em breve, acredita Sue.

“No competitivo mercado de smartphones, a Nokia, a RIM, a Motorola, a Sony, a LG e alguns outros estão perdendo fatia de mercado, enquanto a Samsung e a Apple continuam a crescer”, diz.

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Na América Latina, no entanto, a fabricante do BlackBerry ainda é líder, fechando 2011 com 85% de market share segundo a Gartner. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos a RIM vem perdendo mercado sistematicamente, em países como Colômbia, Venezuela e México, a empresa se mantém forte.

A importância da América Latina pode ser sentida na programação do evento que prevê muitas mesas especializadas no mercado local.

Em entrevista ao Link, o analista Toung Nguyen, da Gartner, diz acreditar que até mesmo esse predomínio a RIM deve perder, na medida em que novos competidores- como as fabricantes que usam Android e companhias asiáticas como a Huawei – começam a vender celulares mais baratos na América Latina, onde o preço é fator determinante para a compra do aparelho.

O CEO Thorsten Heins fala nesta terça, às 9h30.

* A repórter viajou a convite da Research in Motion

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