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Alerta terrorista via rede social

Novo plano dos EUA para divulgar alertas de ataques terroristas inclui divulgação no Twitter e no Facebook

Por Agências
Atualização:

O novo sistema de alerta de ataques terroristas do governo dos Estados Unidos — que vai substituir o atual código de cinco cores — terá apenas dois níveis de alerta, elevado e iminente, e será divulgado ao público apenas em certas circustâncias por períodos limitados, às vezes usando o Facebook e o Twitter, de acordo com o texto do projeto do Departamento de Segurança Interna obtido pela agência de notícias Associated Press.

 

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Alguns alertas de ataques terroristas poderão ser mantidos em sigilo se o anúncio da ameaça puder expor uma operação de inteligência para impedir o ataque ou a uma investigação, de acordo com o plano confidencial do governo norte-americano. Quando divulgados, os alertas terão um prazo de validade, cada um.

O documento de 19 páginas marcado como “apenas para uso oficial” e com data do dia 1º descreve passo a passo o processo que deve ser seguido quando o governo acreditar que terroristas podem estar ameaçando um ataque no país. Ele descreve a sequência sobre quais pessoas devem ser notificadas, começando por deputados e senadores, depois autoridades estaduais e municipais que combatem o terrorismo, seguido de governadores e prefeitos, e por último, o público.

O plano especifica até detalhes como, quantos minutos as autoridades dos EUA podem esperar antes de organizar uma teleconferência de emergência entre elas para discutir as ameaças. O documento define também que o secretário de Segurança Interna, cargo ocupado atualmente por Janet Napolitano, fica responsável pelo chamado Sistema Consultivo Nacional de Terrorismo — que já tem conta no Twitter e no Facebook.

Os novos alertas de ataques terroristas também poderiam ser publicados na internet usando o Facebook e o Twitter “quando apropriados”, afirma o plano, mas apenas depois que autoridades federais, estaduais e locais tenham sido notificadas. O novo sistema é esperado para entrar em vigor já a partir do dia 27.

O governo sempre debateu quando a informação sobre ameaças específicas deve ser compartilhada com o público e de que tipo, às vezes sob a preocupação de que a divulgação poderia atrapalhar os esforços para impedir um plano terrorista em andamento. Mas os alertas atuais se tornaram um dos programas antiterroristas mais visíveis do governo dos EUA desde que o sistema foi criticado por ser muito vago para ter utilidade para impedir os ataques de 11 de setembro de 2001 e logo se tornou inspiração para piadas de comediantes na TV.

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O novo sistema de alerta pretende ser mais fácil de entender e mais específico, mas é impossível saber com qual frequência o público vai receber os alertar. As mensagens sempre vão depender os planos antiterroristas por trás deles.

Por exemplo, se houver uma ameaça específica de que terroristas pretendem esconder explosivos em mochilas e deixá-las em aeroportos do país, o governo pode divulgar um alerta público nos aeroportos pedindo para os passageiros relatarem qualquer mochila ou atividades suspeitas às autoridades.

Se o governo acreditar que a ameaça é tão séria que precise ser divulgada, o alerta poderia oferecer informações específicas de acordo com o público. O secretário de Segurança Interna daria a decisão final de divulgá-lo ou não e para quem — às vezes só para a polícia e outras vezes para o público.

/ ASSOCIATED PRESS

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