Ações do LinkedIn formaram uma bolha

Segundo três pesquisadores, alta valorização das ações da rede social pode ser excessiva

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Por Agências
Atualização:

Três pesquisadores acadêmicos afirmam ter sido formada uma bolha nas ações do LinkedIn nos primeiros quatro dias de negociação dos papéis, movimento determinado como “definitivo” segundo um modelo desenvolvido por eles.

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Os pesquisadores desenvolveram um modelo que afirmam ser capaz de estabelecer em tempo real se os preços do mercado estão fadados a um colapso.

Caso os investidores sejam capazes de detectar excessos especulativos rapidamente, poderão evitar mercados superaquecidos e alocar melhor seu capital, disse Robert Jarrow, professor de Finanças da Cornell University, que escreveu o estudo com os matemáticos Younes Kchia, da École Polytechnique, e Philip Protter, da Columbia University.

“Se pessoas suficientes acreditarem que existe uma bolha e o número de pessoas que desejem sustentá-la não baste, talvez as bolhas desapareçam antes de crescer demais,” disse Jarrow à Reuters.

O modelo, descrito em um estudo que no momento está sendo submetido a revisão acadêmica para publicação, compara as dimensões das flutuações de preços à volatilidade de uma ação cujo preço a pessoa pagaria se planejasse mantê-la permanentemente em sua carteira de investimento. Caso a volatilidade da ação em teste seja superior à da ação normal, haverá uma bolha.

Segundo eles, a companhia de redes sociais LinkedIn serve como exemplo.

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As ações da empresa mais que dobraram de valor em seu primeiro dia de operação na Bolsa de Nova York, e fecharam o dia 24 de maio –o quarto dia em que foram acompanhadas pelo modelo de análise — cotadas a mais que o dobro do valor de sua oferta inicial.

As ações recuaram um pouco posteriormente, mas, na quarta-feira, nono dia de negociação, fecharam mais de 70% acima do valor de oferta.

Sempre houve quem argumentasse intuitivamente que uma valorização excessivamente rápida indica bolha, mas o modelo oferece provas de que a alta nos preços das ações do LinkedIn foi além da volatilidade.

O estudo afirma que o modelo foi verificado com base nos preços de ações que passaram por bolhas entre 2000 e 2002.

/ REUTERS

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