A união faz o esforço

´Crowdsourcing e we semântica se alimentam´

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Por Redação
Atualização:

LOGIN:Jeff Howe, jornalista e autor de Crowdsourcing (Crown Business, 2009)

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Qual o papel do crowdsourcing na web semântica? O crowdsourcing acelera esse esforço de fazer um sistema mais orgânico de organizar informação. Crowdsourcing e web semântica alimentam o crescimento um do outro.

O que mantém as pessoas colaborando é um misto de colaboração e a competição, que parecem coisas antagônicas. Como isso funciona? Uma das coisas que vemos em alguns projetos de crowdsourcing é que colaboração e competição não se excluem. E que você pode competir com pessoas com quem está colaborando, ou colaborar em alguns grupos e competir com outros, e em último caso, você pode sentir que está em um esforço colaborativo com todo mundo com que você compete. Em um concurso de programação, as pessoas competem de maneira acirrada, varam a noite e, no fim, o que estão tentando fazer é melhorar um algoritmo. Então eles estão todos trabalhando pelo mesmo objetivo e apreciam os esforços de qualquer um por aquele objetivo. Como a popularização de smartphones ajuda a acelerar a aceitação do crowdsourcing? O crowdsourcing se beneficia de multidões. Em vez de buscar algumas poucas e bem qualificadas pessoas para executar um trabalho, você procura por mil pessoas. Então se você está tentando achar esses mil, ajuda ter 50 mil de público em potencial. A revolução móvel permite que muito mais gente coloque a mão em smartphones. Um telefone celular por si só não tem impacto em crowdsourcing, mas um smartphone tem, porque é um pequeno computador. É extraordinário que as pessoas estejam buscando maneiras de acelerar o crowdsourcing usando os celulares.

Pra onde está indo a colaboração na web? Está se tornando mais inteligente e mais eficiente.

´Estamos formando uma única comunidade global’

LOGIN:Peter Russell, autor do livro The Global Brain (Floris Books, 2008)

O que é o Cérebro Global? Cheguei ao conceito de Cérebro Global há cerca de trinta anos, quando trabalhava com computadores e percebi que a maneira como as redes se conectavam ao redor do mundo era muito semelhante à maneira como os sistemas neurais se conectam no cérebro. Há paralelos entre a maneira como o cérebro se conecta e a forma como os computadores se conectam.

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Como esse conceito se relaciona com o crowdsourcing? Está permitindo que as pessoas se conectem e trabalhem juntas, como nunca foi possível antes. E essas conexões tão particulares entre computadores e pessoas dão à rede infraestrutura para tendências como o crowdsourcing.

Como este cérebro global mudou como nos relacionamos? Estamos nos relacionando com gente do outro lado do planeta, particularmente via redes sociais. Muitas iniciativas de crowdsourcing são aplicadas em plataformas de redes sociais, usam essas conexões e esse senso de comunidade. Antes, o número de contatos que tínhamos era limitado. Isso permitiu que crescesse o tamanho dessa rede, o que é essencial para o crowdsourcing.

Isso muda a maneira de entender o mundo? Muda nossa consciência de diversas maneiras. A primeira é que começamos a entender culturas diferentes. A consciência fica mais alerta para o que está acontecendo no Paquistão, porque haverá centenas de pessoas transmitindo conteúdo de lá e formando um cenário, não uma impressão a partir de um único registro. Nada disso era possível. Estamos diante da formação de uma consciência universal, em que estamos conscientes de nós mesmos como formadores de uma única comunidade mundial.

O que vem em seguida? É difícil dizer. Mas (o crowdsourcing) democratiza a informação e a maneira como ela flui.

—- Leia mais:Crowdsourcing: todos por todos‘Link’ no papel – 08/11/2010

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