A palavra mais importante do Facebook: 'Parabéns'

Para Mark Zuckerberg, se a palavra 'parabéns' estiver em algum comentário, o post deve se tornar mais relevante

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Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

SÃO PAULO – O que você quer ver primeiro no Facebook? Tweets de quais contas para você são mais importantes? Saber o que cada usuário deseja ver (e até o que não deseja, mas pode vir a gostar) é o que faz de empresas como Facebook, Twitter e Google tão valiosas. A matemática envolve o acesso ao maior número de informações do usuário, um excelente design e bom senso.

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Em um artigo para a revista Wired, o jornalista Steven Levy explica a inteligência por trás do que chamada de “a arte do design de feeds”, o fluxo de conteúdo do Twitter e Facebook. O fluxo (stream, em inglês) é comparado diretamente à correnteza de um rio.

O autor de Google – A Biografia (2002), Hackers (2010) e Crypto (2002) conta que o CEO do Twitter, Dick Costolo, era um entusiasta da lógica do “fluxo” de informação. “Para alguns eu vou ter tempo agora [para ler], mas alguns vão apenas ser varridos pela correnteza. É uma forma muito mais confortável de consumir informação.”

Levy destaca três recursos dentro do Twitter que funcionam como fluxos paralelos ao principal (formado por tweets de contatos seguidos pelo usuários, exibidos por ordem cronológica): Descobrir (onde tweets aleatórios são sugeridos), Atividade (destaque para os tweets de seus contatos), além do campo de buscas (que tem uma ordem própria de prioridades).

Para o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, o fluxo de conteúdo é como a televisão: “um fluxo atraente que satisfaz, e que não faz exigências sobre você”, escreve Levy. Mas na internet há um fator que torna esse fluxo ainda mais eficiente: algoritmo (é com algoritmo que, por exemplo, o Google escolhe quais resultados exibir para uma busca). “Na internet, claro, as coisas devem ser personalizadas para seus interesses e coisas que te importam”.

Novas técnicas de programação são testadas constantemente, segundo Zuckerberg. “Utilizamos métricas quantitativas que medem curtidas, comentários, cliques, compartilhamentos e outras atividades para ver se uma história é boa. Mas também temos sistemas qualitativos para que as pessoas possam reorganizar seu feed e nos dizer o que para eles é mais importante.”

Determinar o que mais importante pode ser algo bem subjetivo. Levy cita um caso em que, no feed de Zuckerberg, o aniversário de um funcionário do Facebook aparecia antes de um post sobre o nascimento da sua sobrinha. O criador da rede social não teria ficado feliz com aquilo e decidiu incluir nos critérios do algoritmo, além da quantidade de compartilhamentos e curtidas, a presença da palavra “Parabéns” (“congratulations” ou “congrats”, em inglês) nos comentários.

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Confira o artigo completo (em inglês), aqui.

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