A incrível jovem dona de seis empresas

A norte-americana é dona de seis empresas e possui apenas uma funcionária: ela mesma

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Por Redação Link
Atualização:

THE NEW YORK TIMES

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Claire Martin, do The New York Times

Certo dia no início de 2014, uma funcionária da Coworks, espaço de trabalho compartilhado em Manhattan, começou a pedalar pelo distrito de Flatiron usando um grande triciclo. Este, porém, era um triciclo diferente: ele estava equipado com uma pequena mesa e a jovem parecia se sentar na mesa enquanto pedalava pela cidade. Quem projetou o triciclo é uma empresa chamada Peddler Pop-Ups, que o aluga para quem quiser fazer publicidade temporária. Além disso, o veículo também pode ser usado como uma loja temporária (pop-up store, em inglês).

A Peddler Pop-Ups é uma das seis companhias fundadas e operadas pela jovem empreendedora de 27 anos Danielle Baskin. Ela não possui funcionários e, até o começo de dezembro, a sede das empresas estava em um espaço de 14 metros quadrados que serve de escritório e dormitório à empreendedora, em Nova York.

Segundo Danielle, foram as várias plataformas e serviços de e-commerce novos e baratos que a capacitaram a testar suas ideias com eficácia, lançando rapidamente novos empreendimentos. O primeiro deles, a Inkwell Helmets, nasceu em 2008, quando Danielle ainda morava em um dormitório da Universidade de Nova York.

Estudante de arte interessada por ilusão de ótica, ela pintou à mão um céu azul e nuvens brancas no seu capacete de bicicleta. Por cima, colocou um laqueado brilhante para refletir o sol. Quando usava o capacete em suas passeios pela cidade, as pessoas com frequência a paravam para perguntar onde poderiam comprar um igual.

“Não tinha intenção de transformar o capacete em uma empresa. Para mim, era só um belo objeto. Mas depois, quando criei alguns designs percebi que havia muitas possibilidades”. Ela começou a pintar capacetes com imagens como um cérebro, uma maçã e um ninho de abelha.

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Inicialmente, a jovem tentou convencer lojas de bicicletas e butiques a venderem os capacetes. Mas, apesar de serem produtos exclusivos, ela lutou muito para se inserir no setor varejista – sem sucesso. Então, Danielle decidiu vender os capacetes na web.

Ela não tinha condições de investir em um website sofisticado, de maneira que criou o que descreve como um site “um pouco desconexo”. Os clientes viam as fotos dos capacetes no site, mas não podiam encomendar ou pagar por eles online. Os pedidos eram feitos via e-mail, e os pagamentos, através do PayPal.

Depois de se formar em 2010, ela saltou entre apartamentos e espaços para viver e trabalhar. Em determinado momento, ela tinha um estúdio de menos de 2 metros quadrados. Mais tarde, alugou uma sala de 4 metros quadrados num espaço de coworking. Mas o horário que conseguiu era tarde da noite e, com frequência, ela acabava dormindo no local.

Quando o empreendimento começou a prosperar, surgiram novas ideias de produtos e serviços – às vezes, dos próprios esforços da jovem para resolver problemas. Ao procurar uma forma de expor e vender os capacetes nas estações de bicicletas espalhadas pela cidade, ela comprou um velho triciclo de um amigo e o transformou em uma pop-up store . Além disso, percebeu que poderia alugar o triciclo quando não o estivesse usando – assim, nasceu a Peddler Pop-Ups.

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Ao começar sua busca de estações de compartilhamento de bicicletas em Nova York, pedalando uma bicicleta, ela desenhou uma capa de smartphone que pode ser presa no guidão das bikes. Hoje, Danielle vende essas capas através do site Trillobox. A jovem também tem uma empresa que produz letreiros, chamada Signmaker.nyc, atendendo clientes no Brooklin e em Lower Manhattan. Mas não é só isso: ela vende também seus próprios trabalhos de arte e outros produtos através de duas outras companhias.

Facilidade. Atualmente, mais empresas de tecnologia estão atendendo proprietários de pequenas empresas como Danielle Baskin. “Há muitos elementos e serviços que são instalados automaticamente e você pode acessar para reunir tudo”, diz Leah Edwards, diretor do Center for Entrepreneurial Studies na Stanford Graduate School of Business.

Agora, quando cria um novo produto ou tem uma nova ideia de negócio, Danielle faz uma análise para ver se existe mercado para elas. Ela cria um site usando o Squarespace, que administra conteúdo ligado ao processador de pagamentos chamado Stripe.

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Com ajuda de ferramentas de análise digital – incluindo o Google Analytics – ela verifica se o produto é atraente. Em caso positivo, começa a vender os produtos imediatamente. “Se ninguém vai a um determinado site ou se não responde a um e-mail de uma determinada conta, talvez o produto não seja uma boa ideia”. /TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

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