Logo que deixou o Ministério da Saúde, onde trabalhava com Padilha como coordenador de eventos, em agosto de 2011, Moura foi para a Geap, onde ficou até outubro de 2013, quando foi demitido por não ter o perfil técnico para o cargo, segundo a entidade. No mês seguinte, o deputado André Vargas (PT-PR) o indicou para o cargo no laboratório controlado por Youssef, ao citar, em mensagem interceptada pela PF, que a sugestão era de Padilha.
Durante sua gestão no Ministério da Saúde, que tem a maioria dos servidores atendida pelos planos de saúde da Geap, Padilha indicou funcionários para o conselho deliberativo. Na Geap, Moura foi assessor executivo parlamentar e assessor de desenvolvimento de produtos e clientes.
No ano passado, a Geap sofreu intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar após críticas de má gestão e resultados financeiros negativos. Meses depois, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto que privilegiava a entidade ao permitir que ela não participasse de licitações para vender os planos de saúde. O Supremo Tribunal Federal derrubou a decisão.
Nos últimos dez anos, o governo já repassou à entidade cerca de 1,9bilhão para planos de saúde de cerca de 600 mil servidores.