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Estratégias eleitorais, marketing político e voto

Bastidores do debate da Band

Por Julia Duailibi
Atualização:

 

Com Bruno Boghossian e Fernando Gallo

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No segundo bloco do debate, enquanto Fernando Haddad (PT) e Soninha (PPS) discutiam o uso de bicicletas, um tucano trocava mensagens de celular com um integrante do alto escalão do Palácio dos Bandeirantes. De um lado, a seguinte mensagem: "Cicloativistas de m... Enfia (sic) a bicicleta no c...". Do palácio, a reposta: "Zzzzzzzzzzzzz". Detalhe: a mensagem enviada não continha as reticências colocadas acima.

Abordado pelo programa Pânico, da Band, Paulinho da Força (PDT) foi o único dos candidatos que acertaram um trecho da música Balada Boa, do sertanejo Gusttavo Lima. Atendendo a pedido do repórter para completar o trecho "Gata, me liga, mais tarde tem balada", Paulinho emendou, sem pestanejar: "Quero curtir com você na madrugada".

Celso Russomanno, por sua vez, foi vítima do CQC, que lhe pediu para dizer uma qualidade do candidato Gabriel Chalita. Sem jeito, o candidato do PRB devolveu: "Não sei. Teria que procurar mais de perto".

Na plateia, o presidente do PSDB, Sergio Guerra (PE), brincou, depois de olhar atentamente para os candidatos: "Parece que o pessoal aí revogou o cabelo branco".

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Quando Haddad disse que as gestões do PT na cidade construíram hospitais, o prefeito Gilberto Kassab (PSD), na plateia, reagiu: "Não sei onde estão todos esses hospitais. Vou consultar os universitários".

Aliados brincaram com a "paranoia" do governador Geraldo Alckmin (PSDB) com o uso de veículos oficiais para atividades extra-governamentais. Ele chegou ao debate no banco da frente de um táxi. Já Soninha frustrou aqueles que esperavam que ela chegasse pedalando, como já fez em anos anteriores: dirigiu seu próprio Corsa vermelho até a Band.

A equipe de Haddad orientou o candidato a ser assertivo na apresentação das propostas para se destacar e se tornar conhecido, mas com cautela para não parecer um "aventureiro".

Nas pequisas qualitativas, cada marqueteiro puxou sardinha para seu candidato. Os tucanos fizeram acompanhamento qualitativo do debate com um grupo de 50 pessoas. Os entrevistados usavam um aparelho com dois botões, que eram apertados de acordo com a reprovação ou aprovação do que viam na tela. A equipe de Serra comemorou no final do debate: Haddad, segundo eles, teria sido o pior. E, como campeão da simpatia, Levy Fidelix (PRTB).

Já no front petista, as qualitativas mostraram que Haddad teria se saído bem, principalmente entre os mais pobres. Já a performance de Russomanno teria desapontado os entrevistados...

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Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band, disse aos marqueteiros João Santana (PT) e Luiz Gonzalez (PSDB) que espera encontrar os dois para o debate do segundo turno em 10 de outubro. Santana disparou, otimista: "A eleição vai acabar no primeiro turno. Nós vamos ganhar".

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Aliás, no começo do debate, Gonzalez e Santana foram reclamar para Mitre da tela dividida em que aparecem ao mesmo tempo no vídeo o candidato que faz a pergunta e o que vai respondê-la. Nos bastidores, João Santana havia colocado pilha no colega, dizendo que não constava das regras a divisão da tela. Depois de reclamarem, os dois foram informados pela própria equipe que a tela dividida havia sido acordada com a direção da emissora.

Sobre a "parceria" Levy Fidelix (PRTB) e José Serra (PSDB), que durante todo o debate trocaram elogios sobre trens, aerotrens e variações sobre o mesmo tema, o deputado estadual Orlando Morando, da campanha tucana, afirmou: "Acho que o Levy retira a candidatura amanhã para nos apoiar".

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