PUBLICIDADE

Meirelles é uma interrogação para o PMDB

Parece já ter sido maior o ânimo do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com a idéia de voltar à política. Pelo menos essa é a percepção no PMDB, que lhe cedeu a vaga para o Senado.  Meirelles quer esticar ao máximo sua permanência à frente do BC,  mas desde que admitiu a possibilidade de concorrer parece ter ressuscitado velhos fantasmas que sempre o assustaram em relação à política, onde a exposição é maior, o jogo de interesses mais complexos e as práticas quase sempre questionáveis.

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Uma avaliação corrente no partido acha que ele se sente mais preservado onde está e que já raciocina com a hipótese de ficar mesmo até o final do mandato de Lula no BC.  Muitos acham que ele se sentiria mais à vontade para exercer o contraponto à política econômica dentro do governo - onde é um conselheiro valioso para Lula - se estiver livre da candidatura.

A decisão do presidente do BC de ficar o máximo possível no cargo, mantendo suspense em relação à candidatura, já produziu no PMDB a comparação com o comportamento do governador de São Paulo. "Ele parece o nosso Serra", brinca um dirigente do partido.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.