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O governador José Serra mantém-se determinado a cumprir o prazo estratégico para decidir oficialmente sobre sua candidatura à Presidência da República, mas faz movimentos de candidato para reduzir a pressão dos que querem antecipar esse prazo. Serra não cederá: seu debate, está convencido, tem que ser com Dilma Rousseff e não com Lula.

Por João Bosco Rabello
Atualização:

O problema é que muitos temem que essa candidatura  não se materialize. Não há discurso uniforme em relação a isso. No DEM, por exemplo, Jorge Bornhausen aposta que ela acontece, mas essa fé não é consensual no partido.

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No PMDB, que assiste atento aos movimentos do PSDB, há quem acredite que Serra ainda decidirá se concorre ou não, de acordo com as pesquisas de março de 2010. Se houver risco de derrota, a reeleição ao governo de São Paulo lhe manteria mais quatro anos em plena atividade política. Já uma derrota na eleição presidencial o aposentaria, porque quatro anos depois, em 2014, a idade inviabiliza nova tentativa, independentemente de uma boa condição de saúde.

Aécio Neves passa a fazer parte, então, do imaginario desses políticos: tem idade para arriscar e poderia sair pelo PSDB. Tudo isso pode ser mais desejo que realidade, mais pressa que reflexão, mas são raciocínios que prosperam não pelo prazo imposto por Serra, mas pela incerteza quanto à sua condição de candidato.

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