É seu o primeiro governador preso no exercício do cargo. Será sucedido pelo vice-governador, Paulo Octávio, igualmente investigado no mesmo inquérito que levou à prisão do titular do cargo.
A diferença é que Arruda está sendo preso nesse momento por obstrução da Justiça, crime materializado nas provas colhidas de tentativa de suborno de testemunhas. A decisão do STJ o afasta do cargo e o prende.
O seu vice é investigado pelo envolvimento no esquema de corrupção denunciado pelas fitas de vídeo do ex-secretário de Assuntos Institucionais de Arruda, o policial Durval Barbosa.
O STF será novamente testado na sua capacidade de julgar considerando o interesse público. A defesa de Arruda deve estar entrando com habeas corpus pela sua libertação.
A demora do STF em julgar a Adin que pede a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do Distrito Federal, pela qual governador só pode ser processado com licença prévia da Câmara, vira-se agora contra o tribunal.
Se decidir a favor do habeas corpus, o STF estará tolerando aquilo que é mais caro ao Poder Judiciário: a obstrução da Justiça.
Para julgar , o STF deverá primeiro decidir a Adin do Procurador geral da República, Roberto Gurgel.