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Acima do tom

Foi maior do que possa ter ficado sugerida a repercussão negativa da declaração do advogado Alberto Toron comparando a viagem do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao exterior aos rolezinhos em voga no país.

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Além do tom acima do que deve reger as relações de advogado e juiz, a frase reafirma a distorção que imputa a Barbosa toda a responsabilidade pela condenação dos réus do mensalão - uma decisão do colegiado de ministros.

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Barbosa já considerou incivilizada a declaração do advogado do deputado João Paulo Cunha e mede a sua desproporção ao lembrar que se refere a uma lacuna que produziu para o condenado mais um mês de liberdade.

Tivesse, ao contrário, adiado em um mês a liberdade de um preso, faria sentido a irritação - e , mais, a indignação do advogado com o episódio.

Além do mais, não convenceu à maioria a justificativa dos ministros presentes no recesso de que só aBarbosa caberia assinar o mandado de prisão.

De toda a forma, é uma reclamação inusitada a de João Paulo, considerando que teve sua prisão adiada.

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