Mas nada do que dissemos acima nos permite entender de onde vem o ódio profanado em público contra determinados tipos de pessoas. Vamos tentar elucidar os fatos com uma hipótese, no mínimo, curiosa. Em 29 de novembro de 2013 o parlamentar estava em uma audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. As imagens foram captadas nesse evento. Provavelmente estava defendendo seus interesses de dono de terra. Em 2010, sua declaração de bens ao TSE mostrava um patrimônio de quase dois milhões de reais no qual se destaca o que costumamos chamar de terra nua. A postura é legítima? Sim. Mas precisa destilar o preconceito? Não. Óbvio! E o motivo? Vamos adiante. O evento ocorria no norte de seu estado: o Rio Grande do Sul, lá na fronteira com Santa Catarina. Mais especificamente em Vicente Dutra. E o problema talvez esteja aí. A cidade, de acordo com o IBGE, originou-se "da descoberta de uma fonte de água com poder". Poder? Calma. Vamos completar a frase: com poder laxativo. Entendeu? Desacostumado com as propriedades milagrosas da fonte, o deputado nascido em Candelária deve ter tomado muita água naquele fatídico dia. Ao subir no palanque para falar foi vítima. Ou seja: deu nisso. Se não saiu sob a forma física, só poderia ter saído sob o formato verbal. A desculpa pode até parecer esfarrapada, mas seria bastante razoável para apagar qualquer tentativa de uma explicação capaz de carregar ainda mais preconceito. Que m...