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De Beirute a Nova York

Se você entender Aleppo, entenderá a decadência do Mundo Árabe

O mundo árabe passa pela sua maior crise em séculos. Uma civilização que tanto contribuiu para a humanidade, hoje virou palco de ditaduras, guerras e radicalismo religioso. Para mim, Aleppo resume o colapso da região.

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Por gustavochacra
Atualização:

Por séculos, Aleppo foi uma das cidades mais cosmopolitas do planeta. Muçulmanos de diferentes braços do islamismo, cristãos ortodoxos, armênios, assírios e judeus coexistiam em uma cidade que por determinados períodos seria para o mundo o que Nova York é hoje. Centro comercial e cultural, foram milênios de história nesta fantástica metrópole síria.

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Hoje Aleppo, depois de 10 mil anos, nunca esteve tão decadente e destruída. Um lado da cidade é controlado por rebeldes ultra radicais intolerantes ligados à Al Qaeda ou ao ISIS (Grupo Estado Islâmico ou Daesh). Do outro, um regime ditatorial laico nos moldes das ditaduras da América Central nos anos 1970.

Os judeus de Aleppo já partiram há décadas. Os cristãos, que apoiam Assad, tentam sobreviver. Mas muitos fizeram as malas e foram para a costa Mediterrânea da Síria ou para o Líbano temendo o radicalismo dos rebeldes. Os muçulmanos são massacrados pelos dois lados.

Aleppo, sinônimos de cosmopolita e multiculturalismo, se transformou em sinônimo de intolerância e destruição.

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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