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De Beirute a Nova York

Se o Irã nunca defendeu o Hezbollah, por que o Hezbollah defenderia o Irã?

no twitter @gugachacra

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Por gustavochacra
Atualização:

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Muitos dizem que, se Israel atacar as instalações nucleares do Irã, o regime de Teerã responderia através do Hezbollah, a partir do lançamento de mísseis do sul do Líbano. Discordo. Primeiro porque o grupo libanês tem agenda própria, conforme já afirmou publicamente o xeque Hassan Narallah.

Em segundo lugar, porque os iranianos nunca defenderam o Hezbollah no passado. Na guerra de 2006, apesar dos bombardeios israelenses contra o Líbano, o regime de Teerã não lançou operações militares contra Israel. Pela lógica, a organização libanesa tampouco teria obrigação de defender o Irã.

O Hezbollah é resultante de três fatores - a ocupação israelense do sul do Líbano nas décadas de 1980 e 90, a revolução islâmica do Irã e a marginalização dos xiitas na sociedade libanesa. Seus membros são 100% libaneses e quase na totalidade xiitas, apesar da presença de cristãos e druzos.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacio

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