PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De Beirute a Nova York

De Nova York a Teerã - Depois do Holocausto, Ahmadinejad agora questiona o 11 de Setembro

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sempre consegue se superar. Depois de questionar o Holocausto e negar a existência de gays em Teerã, hoje ele decidiu afirmar que não morreram 3 mil pessoas no 11 de Setembro, os atentados teriam sido fabricados pelos Estados Unidos e não haveria nenhuma vítima "sionista", provavelmente usando a palavra como sinônimo de "judeu".

Por gustavochacra
Atualização:

As declarações foram dadas em entrevista coletiva em Teerã, transmitida em rede de TV

PUBLICIDADE

Ahmadinejad - "Eles disseram que 3 mil pessoas foram mortas neste incidente, mas não há nenhum relato revelando os seus nomes. Talvez vocês tenham visto, mas eu não"

O que é mentira - Os nomes das vítimas estão disponíveis na internet e foram publicados em jornais de todo o mundo, inclusive no Brasil. Nas cerimônias de memória dos ataques, realizadas anualmente no Ground Zero, são lidos os nomes de todos os mortos, com transmissão pela TV para todo o mundo

Ahmadinejad - "Nenhum sionista morreu nos ataques por eles terem sido avisados um dia antes para não irem trabalhar"

O que é mentira - Dezenas de judeus morreram nos atentados e também houve vítimas israelenses. Não posso assegurar que algum deles era sionista, mas estatisticamente é quase impossível que não

Publicidade

Ahmadinejad - "Qual foi a história do 11 de Setembro? Durante cinco ou seis dias, com a ajuda da mídia, eles criaram e prepararam a opinião pública para que todos considerassem justos os ataques contra o Afeganistão e o Iraque"

O que é mentira - A Al Qaeda reivindicou os ataques e isso é confirmado pela imprensa do mundo árabe e também do Irã, que é persa. Todos os 19 terroristas eram estrangeiros. Nestes nove anos, não conseguiram fazer nenhuma ligação dos ataques com algum país, sejam os EUA, Iraque ou Irã

Com estas declarações, temos certeza de que não podemos acreditar em nada do que Ahmadinejad fala. Quem acredita nele é inocente. Claro, podem existir os que dizem acreditar, mas na verdade são mal intencionados.

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes

O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.