Generalizar, achando que "os árabes" e "os muçulmanos" querem destruir Israel é um erro e apenas atrapalha a resolução do problema. A Síria reconhece a existência de Israel. O Bashar al Assad me disse em entrevista que o problema dos sírios com os israelenses envolve o Golã. Por que não negociar de uma vez? Chega a ser ridícula esta disputa de fácil solução - Israel devolve as colinas, mas recebe garantias de que poderá usar parte da água e de que a zona será desmilitarizada, com segurança da ONU.
A questão palestina também é simples. Eles precisam ser cidadãos de algum lugar. Não há nenhum outro povo na mesma situação no mundo. Uma opção seria criar o Estado palestino, conforme defende quase toda a comunidade internacional, menos o Irã e o Hezbollah. A segunda seria dar cidadania israelense a eles, como defendem alguns intelectuais. E, por último, criar um Estado de Apartheid, que levaria ao isolamento total de Israel.
Já com o Líbano... Isso vale 40 posts. Na minha visão, a paz de "Beirute a Tel Aviv", quando alcançada, significará que o Mediterrâneo Oriental enfim será uma região da paz, como sempre deveria ter sido.
O Irã não entrou no cálculo por não ser árabe e por possuir um conflito inexistente com Israel. Afinal, os israelenses e iranianos sequer possuem fronteiras.
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O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de "O Estado de S. Paulo" em Nova York. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Yemen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al Qaeda no Yemen e eleições em Tel Aviv, Beirute e Porto Príncipe. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2009, empatado com o blogueiro Ariel Palacios