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De Beirute a Nova York

A maior bandeira de campanha do Nobel da Paz Obama é a morte de Bin Laden

Por gustavochacra
Atualização:

no twitter @gugachacra

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Barack Obama, Nobel da Paz em 2009, tem como principal bandeira de campanha um assassinato. O de Bin Laden, é verdade. Mas não deixa de ser irônico para os seus simpatizantes que buscam descrevê-lo como um pacifista diante de supostamente belicosos republicanos.

Pior, Obama se coloca como uma peça chave em uma ação que contava com apoio também dos republicanos. George W. Bush, com todos os seus defeitos, foi bem mais humilde depois da captura de Saddam Hussein, dando todo o crédito para os militares, sem repetir mais de dez vezes a palavra "eu" como o atual ocupante da Casa Branca.

Convenhamos, o Nobel da Paz Obama realmente gosta de ser o "presidente guerreiro". Mais do que dobrou o contingente militar na Guerra do Afeganistão, apoiou as operações militares da OTAN na Líbia, mata qualquer um em "atitude suspeita" no Iêmen e fala duro com Bashar Assad.

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E o Iraque? Bom, o atual presidente apenas manteve o cronograma de seu antecessor. Além disso, ele não pretendia retirar todas tropas, mas foi forçado pelo governo de Bagdá. Sorte dos contractors, que recebem bem para fazer a segurança privada dos interesses estatais americanos no país, onde o governo cada vez mais se alia a Teerã.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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