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Tesla, uma história genial entre os carros elétricos e a paz mundial

O sedã Tesla Model III está em vias de ser lançado e dará vida à uma nova gama que inclui... leia mais

Diego Ortiz

07 de jan, 2015 · 6 minutos de leitura.

Tesla, uma história genial entre os carros elétricos e a paz mundial

O sedã Tesla Model III está em vias de ser lançado e dará vida à uma nova gama que inclui uma perua e um crossover. Fora o aumento das opções de modelos, a marca ainda está construindo uma fábrica chamada de “gigafactory”, que deve ser a maior produtora de baterias de íons de lítio do mundo.

O que pretende a Tesla de seu fundador Elon Musk é uma revolução elétrica que deve deixar os fabricantes tradicionais de cabelo em pé. Mas, mesmo com o gigantismo de suas ações, será difícil superar a grandiosidade do nome e dos feitos de Nikola Tesla, o gênio que empresta seu nome à marca.

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Albert Einstein da eletrotécnica, ou apenas Tesla, o inventor austríaco (nasceu no Império Austro-Húngaro na região que hoje é a Croácia) revolucionou tantos aspectos da ciência moderna que fica até difícil tentar contar tudo em linhas escritas por alguém infinitamente menos brilhante. Mas, obviamente, vou começar pelo seu primeiro carro elétrico, um Pierce-Arrow 1931 adaptado que chegava a até 150 km/h.

O mais interessante aspecto desta criação é que informações da época dão conta de que o modelo não tinha baterias e se movia por meio de um motor de corrente alternada, um “receiver” de energia preso ao painel que Tesla construiu no quarto do hotel e uma antena de 1,83 metros na traseira do Pierce-Arrow, no melhor estilo DeLorean em “De Volta para o Futuro”. 88 quilômetros foram percorridos, para o espanto de todos, menos de Tesla, que já havia indicado que fazia experimentos de transmissão de eletricidade na forma de ondas eletromagnéticas através do ar.

Como todo gênio, Tesla também se envolveu em polêmicas. Processou Marconi em 1914 pelo registro da invenção do rádio, em uma ação lenta que correu na Corte Suprema de Justiça dos EUA, que deliberou a seu favor anos mais tarde, retirando a patente de Marconi.


Se você ainda está lendo esse texto e não migrou da internet para TV por meio de seu controle remoto, saiba que foi Tesla que tornou isso possível (o livre arbítrio foi dica de Deus mesmo). Mas ainda há mais: a robótica é obra dele, os radares, a tecnologia para aplicação da energia eólica, parte da ciência computacional e até os drones e o avanço da balística.

Nestes últimos dois itens, vale destacar a fase militarizada de Tesla após ele ter se mudado para os Estados Unidos. Há de se respeitar um homem que, com o intento da paz mundial, criou uma arma chamada de “Raio da Morte”, um canhão de partículas que destruiria inimigos a 321 km de distância e que deveria ser de posse de todos os países do mundo para que não houvesse mais guerras. Os EUA até chegaram a fazer alguns testes, mas optaram pela bomba atômica – só para eles e outros poucos “privilegiados”.


Recentemente Tesla virou um dos “musos” até dos teóricos dos alienígenas do passado, que acharam em um de seus muitos documentos o projeto de um dispositivo antigravitacional que, segundo eles, foi enviado ao cientista por visitantes de outros planetas. Uma viagem… que permitiria travessias intergalácticas.

Excêntrico (termo usado para os loucos famosos), Tesla gostava de trabalhar no escuro absoluto, falava sozinho o tempo todo, memorizava livros inteiros, falava sete idiomas fluentemente, era celibatário e tinha obsessão pelo número 3, para ele, “a maneira como a natureza se expressa em sua formas”. Seja lá o que fosse isso, a forma como o cientista se expressava no mundo não era das mais simples, talvez por isso nunca tenha casado e vivesse recluso, como nos seus últimos 10 anos em um quarto de hotel em Nova Iorque, o mesmo onde morreu em um dia como hoje, um 7 de janeiro, em 1943, aos incríveis 86 anos para a época.


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