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Dez anos sem Diana

Por Estadão
Atualização:
 Foto: Estadão

É engraçado tentar entender como funciona a mente humana. Eu me lembro exatamente onde estava há dez anos e não sei nem o que comi no café da manhã de ontem.

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Exatamente uma década atrás eu estava em um bar na Vila Olímpia chamado Paulistano, que nem existe mais. Era um sábado à noite e, se não me engano, uma noite meio fria. Eu estava tomando chope quando uma amiga chegou e disse: "você viu quem sofreu um acidente de carro? A princesa Diana". A balada mudou de clima de uma hora para outra, todo mundo passou a falar sobre a mesma coisa. Mais tarde, pessoas ligaram para outros amigos, jornalistas, sei lá, e descobriram detalhes do acidente. E que ela tinha morrido.

Fiquei bem triste. Quando ela e o príncipe e o Charles se casaram, em 1981, eu era uma criança de 11 anos. Lembro da minha mãe me acordando para assistir à cerimônia. Para falar a verdade eu me lembro de pouca coisa, acho que estava com sono demais. Lembro de gente nas ruas, saudando a princesa e o príncipe, dois jovens felizes e com o mundo (literalmente, se a gente pensar bem) pela frente. Fico triste quando penso que aquela garotinha inglesa de sorriso tímido e franco virou uma celebridade assassinada pela própria fama - 'death by paparazzi' é a expressão que acho mais apropriada.

Nunca fui fã da família real, nunca liguei para essas coisas, mas acho que Diana foi uma mulher legal. Pelo menos ela usou a fama para ajudar algumas pessoas, chamar a atenção para os problemas da África, etc. Diana tinha carisma, parecia ser uma pessoa boa. Pela biografia de Tina Brown a gente vê que ela não era nenhuma santa, etc., mas isso não importa agora. Para mim ela será sempre uma princesa.

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