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Promotores que combatem crime organizado recuperam R$ 3,2 bilhões para o Tesouro em 2013

Informação faz parte da prestação de contas do procurador Elias Rosa, que concorre à reeleição

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Por Lilian Venturini
Atualização:

por Fausto Macedo

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As ações dos promotores do Gaeco - braço do Ministério Público de São Paulo que combate corrupção e crime organizado - resultaram, em 2013, na recuperação de R$ 3,2 bilhões ao Tesouro. A informação faz parte da prestação de contas apresentada nesta quinta feira, 6, pelo procurador Márcio Fernando Elias Rosa, que afastou-se do cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo para concorrer à reeleição.

Em carta a todos os promotores do Ministério Público paulista, Elias Rosa entrega o balanço de sua gestão no período 2012/2014. Ele também faz uma síntese do programa de gestão se alcançar novo mandato.

O documento destaca que os núcleos do Gaeco em todo o Estado denunciaram 1205 investigados, dos quais 194 foram condenados. Entre os condenados estão 46 servidores públicos de escalões diversos.

"O nosso Ministério Público vive hoje período muito rico e de históricos resultados, indicando que a continuidade e o aprimoramento das iniciativas contribuirão para a permanente modernização e aperfeiçoamento da nossa Instituição", assinala Elias Rosa, na carta endereçada aos 2024 promotores e procuradores de Justiça.

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Na prestação de contas, caderno de 70 páginas e 27 tópicos, Elias Rosa assinala pontos que reputa importantes de seu mandato, como o ingresso de 253 novos promotores, a quitação de antigos passivos de pessoal, a iniciativa histórica que derrubou a PEC 37 - proposta à Constituição que excluía o Ministério Público das investigações criminais -, e a instalação de 34 novas sedes para s promotorias, sendo 14 delas em prédios próprios da instituição.

"Sem estratégia não há liderança nem autoridade", diz Elias Rosa, cujo lema de campanha é "O novo MP já existe".

"O programa funda-se em valores e princípios elementares ao Ministério Público, como a valorização da Instituição e de seus membros, a independência funcional, a impessoalidade, o pluralismo, a transparência e a eficiência", afirma o procurador. "A gestão é participativa e compartilhada e assim deseja-se que siga adiante".

Elias Rosa planeja percorrer todas as regiões do Estado para "expor as ideias e colher opiniões".

Sua equipe de campanha colocou no ar nesta quinta feira, 6, o site Márcio Elias Rosa. Neste endereço eletrônico os promotores podem conhecer os argumentos do procurador em busca do segundo mandato no topo do Ministério Público.

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As eleições no Ministério Público de São Paulo estão marcadas para o próximo dia 5 de abril.

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Podem votar todos os promotores e procuradores. Eles elegem 3 nomes. A lista tríplice vai para o governador, que tem prerrogativa constitucional de escolher o novo procurador-geral, independente da ordem de colocação.

Também concorre à cadeira número 1 do Ministério Público de SP o procurador Luiz Antonio Guimarães Marrey, que já foi procurador-geral em 3 ocasiões, entre 1996 e 2004, nomeado duas vezes pelo governador Mário Covas e uma por Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

Marrey foi secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo, gestão José Serra (PSDB)/Gilberto Kassab (PSD). Depois, foi secretário de Estado da Justiça de Serra e secretário de Governo de Alberto Goldman.

No início de fevereiro, em carta aos promotores, pela qual comunica que é candidato, Marrey fez pesadas críticas a seu oponente, a quem atribui "fraqueza de liderança". Ele escreveu. "É preciso ter ideias novas e ousadia para garantir o Estado de Direito para a totalidade da população paulista, exposta à violência de criminosos e de gênero, muitas vezes à indiferença, à ineficiência e à patologia dos serviços públicos, como ao abuso do poder econômico e o desrespeito em massa dos direitos do consumidor, à falta da proteção da infância e juventude e a episódios graves de degradação ambiental."

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