A seguir, conheça dois trechos da obra de Freitas:
"Ela não sabia ler. Mas achava bonitos os livros com figuras. E naquela seção havia tantos. Escolhia um. Outro. Mais outro. Quatro. Brincava de imaginar o que diziam as histórias e seus dragões, fadas e princesas que enfeitavam as folhas. Queria aprender a ler, mas o dia era curto para suas vontades. Seu tempo era dividido em três ações: tempo de pedir, tempo de sentir falta e tempo de fantasiar. Seu livro preferido não tinha letras. Nem cor. Assim como sua vida."
...
"No dia em que completou oito anos, desejou ganhar de presente o livro da bruxa atrapalhada. Mas quem iria lhe dar? Sem amigos ou família, somente ela poderia se dar um presente. Porém, nunca lhe sobrava dinheiro para nada. A menina tinha medo de outra pessoa comprar seu livro preferido. O que fazer? Medo de desejo forjaram um plano."
Primeira Palavra é diferente dos outros livros de Freitas, autor de Cadê o Juízo do Menino?, Controle Remoto e a coleção, também recém-lançada, Na Ponta do Dedo, composta por Bichano, Numa Tarde Quente de Verão e O Livro das Bolhas de Sabão (clique aqui para conhecer).