Afinal, o que mais levaria tantos e tão diferentes profissionais a sair de suas zonas de conforto e enfrentar, durante três meses, uma rotina intensa de avaliações, pautas, aulas e treinamentos? "A paixão pela profissão é uma coisa, já a paixão pelos temas abordados no exercício dela é outra completamente diferente. O jornalista não pode nunca abandonar sua convicção pelo que faz", esclarece Chico. Não ter abandonado esta convicção, mesmo com tantas provações pelo caminho, é o que nos traz aqui.
Todos que nos vêem passar pelos corredores, em grupos e barulhentos, reconhecem de longe: os novos focas chegaram. Reconhecem não somente pelo tumulto que causamos, mas principalmente pela excitação e ansiedade com as aulas, temas e pautas que trabalharemos. Pela expectativa, pela dedicação com que encaramos cada tarefa. Pela apreensão com as avaliações, com as falhas iniciais e com o caderno especial a editar.
Com tantos sinais, seria mesmo impossível não nos reconhecer. Estamos em estado pleno de paixão por esta profissão. Mas se ela é fundamental, não é o único ingrediente para garantir o êxito e a realização profissional. Ela nos trouxe até aqui, mas para seguir adiante é preciso aprender técnicas, aprimorar a postura, desenvolver estratégias e aprofundar conhecimentos. Para isso, estamos aqui. Para aprender as melhores formas de vivenciar este sentimento, equilibrando-o com responsabilidade e comprometimento. Bem vindos ao curso, Focas. E vamos ao trabalho.
Antonio Pita, de 24 anos, é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)