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Política paulistana

Prefeitura proíbe propaganda em banca de jornal

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, responsável por analisar as exceções à Lei Cidade Limpa, proibiu bancas de jornais a veicularem propaganda em monitores de TV, como acontece no Metrô e dentro dos ônibus. Algumas bancas das avenidas Paulista e Faria Lima já usam o recurso para divulgar campanhas de marcas de bancos, de restaurantes e de bebidas.

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A proibição foi feita em quatro votações distintas - foram vetados monitores internos e do lado de fora das bancas, e os letreiros digitais internos e externos. No final, a comissão montou grupo de estudos para estudar "a comunicação visual das bancas."

O governo já havia vetado em maio projeto de lei do vereador e presidente da Câmara Municipal José Américo (PT) que liberava as bancas para vender produtos de lojas de conveniência e até eletroeletrônicos.

O pedido para a liberação de campanhas publicitárias em monitores de 14 polegadas foi feito no início do ano à Prefeitura pelo Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo. A entidade argumenta que o setor enfrenta crise financeira e precisa de outras fontes de recursos para sobreviver, além da venda de jornais e revistas.

GRAFITE EM TAPUME LIBERADO

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Por outro lado, a comissão da Lei Cidade Limpa liberou a Gafisa para fazer grafites nos tapumes de suas obras de novos prédios na capital, uma tendência também já adotada por algumas construtoras da cidade e até pela Prefeitura - em 2010 os tapumes das obras da Praça Roosevelt foram grafitados. Houve empate na votação, com sete favoráveis e sete contrários. O desempate a favor da liberação foi feito pelo presidente da CPPU, Daniel Todtmann Montandon.

E, com votação favorável unânime da comissão, foram liberados anúncios no alto de três hotéis: em dois da rede Íbis, na Vila Mariana e na Barra Funda, e no Go Inn do Jaguaré, todos na zona oeste da capital. As liberações e proibições da Lei Cidade Limpa foram publicadas hoje no Diário Oficial da Cidade.

No mês passado, a Lei Cidade Limpa havia liberado cinemas e teatros a divulgarem cartazes de peças e filmes, uma das maiores exceções abertas pela legislação em vigor desde janeiro de 2007 e criada pela gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

No momento a Câmara Municipal também analisa projeto de lei do vereador Goulart (PSD) que libera a traseira dos ônibus para propaganda. A proposta deve ser votada até o final do mês e tem apoio de parte do governo - a arrecadação com a publicidade nos coletivos poderia ajudar a manter o preço da tarifa em R$ 3,00, segundo defendem técnicos da SPTrans.

 

Tapume em obra de São Paulo: governo liberou recurso em todas construções da Gafisa Foto: Estadão
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