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Política paulistana

Prefeitura autoriza torres comerciais em terreno do Playcenter

Por Diego Zanchetta
Atualização:

COM TIAGO DANTAS Por 15 votos favoráveis e um contrário, a Câmara Técnica de Legislação Urbanística da Prefeitura de São Paulo autorizou a construção de um megaempreendimento comercial de 14 mil metros quadrados na Marginal Tietê, em parte do terreno onde funcionava o Playcenter, na zona oeste. Serão duas torres comerciais de 27 andares cada e três andares comuns aos dois edifícios, shopping, teatro, centro de convenções para 400 pessoas e heliponto.

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Como contrapartida, o governo municipal exigiu o pagamento à vista recorde de R$ 40,88 milhões da Brasília Square Empreendimentos Imobiliários, responsável pelo empreendimento. É o maior valor já exigido de um empreendedor que aderiu à Operação Urbana Água Branca. Para se ter uma ideia, o Shopping Bourbon, inaugurado em 2009, pagou R$ 6 milhões de contrapartidas. O Palmeiras, para construir sua nova arena com capacidade para 45 mil pessoas, está pagando R$ 4,5 milhões.

O novo centro comercial vai ficar ao lado do Fórum da Barra Funda e da futura Fábrica dos Sonhos, onde vão ficar os galpões das escolas de samba. As torres vão ficar em parte do terreno onde ficava o Playcenter.

A área pertence agora à Brasília Square Offices Empreendimentos Imobiliários Ltda., formada pelas empresas: EBI (Escritório Brasília de Imóveis), Vivere Incorporações Imobiliárias, Alimonti Comercial e Construtora e Maurício Cukierkorn Construtora (MC Construtora). O projeto é do escritório de arquitetura Alexandre Milleu. O parque foi desativado em julho do ano passado.

O nome da PDG chegou a ser veiculado como o do proprietário do terreno, mas a empresa informou que não é responsável pelo empreendimento. "A empresa ressalta ainda que adquiriu apenas parte do terreno nas proximidades do parque de diversões Playcenter e não sua totalidade. Na área que pertence  a companhia foi implementado o empreendimento residencial Meridan", informou, por nota.

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Investidores do mercado imobiliário e técnicos do governo avaliam que o eixo Lapa-Barra Funda da Avenida Marquês de São Vicente vai abrigar, em poucos anos, um centro financeiro semelhante ao da Avenida Faria Lima, na zona sul. Outros prédios residenciais e de escritórios estão em construção na região.

A Prefeitura tenta na Câmara Municipal revisar a Lei da Operação Urbana Água Branca, de 1995, para criar novos estoques para empreendimentos imobiliários. Por outro lado, moradores reclamam que o governo não pode liberar novos prédios antes de gastar os R$ 340 milhões arrecadados pela operação e que seguem no caixa do governo.

Os moradores pedem a realização de obras antienchentes (nova canalização dos córregos Água Preta e Sumaré) orçadas em mais de R$ 80 milhões. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras aguarda a licença ambiental para o início das obras.

 Foto: Estadão

 

A seguir, link que permite acesso ao despacho publicado no Diário Oficial da Cidade de sábado (página 20, quarta coluna) com a autorização para as novas torres:

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