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Deu no New York Times

Telefonemas gratuitos

Serviço permite ligar dos EUA para o exterior gratuitamente em troca de alguns segundos de propaganda

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Por David Pogue
Atualização:

Olha, você pode não gostar de propaganda. Mas tem que admitir que os comerciais pagam para você ter websites, rádio e TV de graça.

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Por isso, sempre me pareceu estranho o fato de esses anúncios não pagarem também nossas chamadas telefônicas.

Claro que conheço o serviço "800-FREE 411" de auxílio à lista. Mas estou falando de se permitir que a operadora Verizon ou alguém patrocine minhas chamadas para a França, Inglaterra ou China.

Conheço também os serviços de ligação grátis do Skype e do Google Voice. Mas também estou me referindo às chamadas feitas de qualquer telefone -- mesmo os de linha fixa -- para qualquer outro. Não do computador. Nem para um aparelho do tipo SkiBunny2000.

Graças a um novo serviço chamado FreePhone2Phone, essa transação agora é possível. Depois de um spot publicitário de 10 ou 12 segundos, você tem 10 minutos de ligação grátis para 55 países a partir dos Estados Unidos. Segundo a companhia, 85% de todas as chamadas duram menos de 10 minutos, de modo que muitas estão cobertas.

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Se você possui um celular, este novo serviço pode lhe propiciar uma economia de muitos dólares quando falar com o exterior. Se está entre os milhões de americanos de baixa renda que possuem telefones fixos e planos básicos, poderá poupar 50 centavos ou até um dólar cada vez que fizer uma chamada de longa distância, desde que use o FreePhone2Phone discando primeiro um número de acesso local.

Para ligar pelo FreePhone2Phone, disquei um número local que constava no website do serviço. Para a linha de acesso para Nova York, você deve discar 1 (646) 500-8620.

Ouvi, na verdade pela metade, um anúncio de 12 segundos da Universidade de Phoenix, depois pressionei o 1 para discar o meu número. Liguei para 011-44-20 7806, número do Covent Garden Hotel em Londres. Escolhi o hotel aleatoriamente pois sabia que naquela hora não iria acordar ninguém.

A chamada foi feita instantaneamente e a qualidade do som era fantástica. Perguntei à recepcionista do hotel, com um belo acento britânico, pela mais próxima estação de metrô. Leicester Square, ela respondeu.

Tentei fazer algumas outras chamadas internacionais, minha cabeça zumbindo com a nova possibilidade que surgiu de repente. Francamente, não posso ver porque alguém ainda precisará um dia usar um cartão de telefone; você vai gastar mais tempo procurando acessar os seus códigos de autorização para fazer uma ligação com seu cartão de telefone do que ouvindo um comercial no FreePhone2Phone.

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Eis as condições:

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Cada ligação está limitada a 10 minutos. Um alerta é dado a cada cinco segundos durante os últimos 30 segundos da chamada, e passando o tempo a ligação é cortada.

Se tentar chamar o mesmo número novamente e no mesmo dia, o seu telefonema será limitado a cinco minutos, para evitar que você explore o sistema, retornando a chamada repetidas vezes durante todo o dia.

As chamadas para o exterior no geral se restringem a telefones de linha fixa. Ligar para celulares no exterior é sempre astronomicamente caro -- e no caso fica excessivamente caro para o FreePhone2Free cobrir os custos da sua chamada com publicidade.

Não existe nenhuma razão para você não poder ligar gratuitamente para telefones nos Estados Unidos, mas só faz sentido se o seu telefone for de linha fixa. Se for um celular, estará consumindo minutos de transmissão de modo que não vai economizar nada, embora possa usar o FreePhone2Phone para diminuir sua conta telefônica, por exemplo.

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Por favor, não me descarreguem uma avalanche de e-mails irados, para dizer que mais uma sacrossanta mídia grátis está agora sendo invadida.

O FreePhone2Phone é opcional, pelo amor de Deus. Se prefere pagar US$ 2,50 o minuto para falar com Paris, faça.

Eu? Já coloquei o número de acesso local do FreePhone2Phone na minha agenda de telefones. Prefiro esperar 12 segundos e fazer minhas chamadas gratuitamente.

/ Tradução de Terezinha Martino

* Texto originalmente publicado em 04/01/2011.

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