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Hebe e os animais: amor sincero

Hebe Camargo partiu e, com a sua morte, os animais perdem uma grande amiga e defensora. A diva da TV brasileira também lutava em defesa dos bichos, do seu jeito: manifestando o amor e a alegria de viver entre amigos, humanos ou não.

Por Fábio Brito
Atualização:

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Para ela, não importava a espécie. De cães a galinha-d'angola, a apresentadora abriu as portas da sua casa àqueles que acreditava precisar do seu apoio e carinho. E demonstrava isso em entrevistas concedidas em sua mansão no Morumbi, onde muitas vezes fazia questão de mostrar seus pets.

 Foto: Estadão

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Hebe Camargo e o Fendi, seu cão galgo italiano - Crédito: AE

Em uma dessas entrevistas, falou com Luisa Mell, que era apresentadora do antigo programa Late Show, e disse que sempre gostou de animais. "Desde pequena eu sempre tive cachorro." Só não teve depois de casada, porque o marido dela, Lélio Ravagnani, não gostava. "Depois que ele morreu, me mudei e virou uma cachorrada", brincou.

Hebe mostrou os animais que tinha, principalmente dois cães sem raça definida. Cada um com uma história emocionante. O primeiro, o Precioso, foi adotado depois de conseguir entrar escondido na sua residência. "Ele que escolheu a casa, ele que se adotou." O cão apareceu muito abatido e desnutrido, talvez não sobrevivesse se não fosse acolhido por quem reconhece o valor da vida e cuidasse bem dele. Meses depois, já parecia ser outro cachorro. "Sou vira-lata, mas sou feliz. Mais vira-lata é quem me diz", disse a apresentadora, brincando com o Precioso.

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A história de Atrium Camargo também é de luta pela sobrevivência. Em janeiro de 2002, o vira-lata foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, no Córrego Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo. O resgate virou notícia, divulgada pelo Jornal da Tarde, assim como o fato de ninguém manifestar interesse pelo cão. Ele poderia ter sido sacrificado em uma das salas frias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), já que esse era o procedimento antes da recente lei que proíbe matar animais saudáveis na Capital, mas foi salvo pela diva.

 Foto: Estadão

Atrium Camargo: cão resgatado no Córrego Mandaqui e adotado pela Hebe - Crédito: PAULO LIEBERT/AE

Mesmo em férias na Praia de Tabatinga, Hebe leu a reportagem do JT e ligou para São Paulo pedindo que seu caseiro fosse buscar o animal. A sequência de fotos do resgate do cachorrinho feita pelos bombeiros sensibilizou a apresentadora. "Quando li a reportagem fiquei apaixonada e pensei: é inadmissível salvá-lo para depois ele morrer. Aquela fofura me encantou. Mesmo longe, eu não parava de pensar se ele estava bem alimentado e tratado com cuidado. Eu sei que ele é grato. Sabe que foi salvo e nos ama."

Em agosto do ano passado, Hebe surpreendeu mais uma vez. Ela recebeu Boris Casoy em casa e lá gravou entrevista para o programa para a RedeTV!. Apresentou-lhe então sua galinha de estimação, a Guigui. "Nossa, Hebe, olhando essa galinha me dá uma tremenda fome", disse Casoy. Hebe retrucou prontamente: "Nãããoooo! Sabe que eu não como nem um ovinho dela?!".

 Foto: Estadão

Hebe, Guigui (sua galinha de estimação) e Boris Casoy. Crédito: DIVULGAÇÃO

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Hebe Camargo era assim: amava a vida. "O amor do animal é um negócio tão emocionante. Eles não sabem falar, mas sabem manifestar."

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