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Crônica, política e derivações

O gatilho de Bruxelas

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Por Paulo Rosenbaum
Atualização:
  Foto: Estadão

Quem puxou? Ninguém? Algum ninguém. Na estoica Europa, mais uma derrota. Na odisseia do ultraje, o humanismo ofuscado. Sigam as pistas: fomento racista, fuligem nazista, chauvinismo fascista, autocracia comunista, fundamentalistas revisionistas. É a vergonha que consente a intolerância de sempre. Tragada por homens de estado. Nas fronteiras civilizadas, desprezo higiênico. Miseráveis esmagados. Arrependimento seletivo. Religião, desculpa. Tribalismo, disputa. Pobres devotos, inimigos dos votos. Xenofobia ou eugenia? Multiplicam-se milicianos da dor: tolerância com intolerantes. Intolerância com tolerantes. Na placa continental, o tao dos beligerantes. Nas roletas viciadas, o turismo do azar. Alguém sabe da hora da morte? Da maldição dos dados? Do lugar e hora errados? A paz emperra o museu que enterra. A eternidade traída chora em balas perdidas. Nas palavras caçadas, bestas destravadas. Nada muda sangue desperdiçado. Se alguém for identificado? O homem totaliza todos? Um culpado eximirá outros? Xenofobia ou eugenia? Os omissos e os sumiços. Os desatentos e os deixa-disso. Todos crimes maciços. Escondidos e delatores. Na inverdade dos rumores. Rodar o tambor, moda coletiva. A história desdisse e se refez. Roleta russa, corredor polonês, pacto chinês. Notem, um por um. O regresso ao inverso. O recesso do convívio. Intolerância, nacionalismo e boçais. Tudo que deveria ser nunca mais.

 

 

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