A temporada de shows internacionais neste primeiro semestre no Brasil está tão recheada, rica e diversificada que muitas vezes os melhores espetáculos ficam relegados a um segundo plano, suplantados pelo apelo pop de algumas atrações. Foi o que aconteceu com o Stick Men, um dos projetos de rock progressivo mais importantes deste século XXI e praticamente passa despercebido por São Paulo, onde toca neste final de semana, nos dois dias.
O projeto, que tem disco novo no mercado, é liderado por ninguém menos do que tony Levin, um dos músicos mais competentes e versáteis da história do rock. O cidadão tocou simplesmente com com Peter Gabriel (ex-Genesis), Yes e foi membro efetivo do fantástico grupo inglês King Crimson.
Baixista de origem, acabou se notabilizando na banda de Gabriel e depois no King Crimson por ser um entusiasta do instrumento chamado stick - criado pelo luthier norte-americano Emmett Chapman no início dos anos 1970, Chapman stick, ou simplesmente stick, é um instrumento musical elétrico que, de forma simplificada, é uma mescla de baixo e guitarra.
"Stick Man" é o nome do mais recente trabalho do Stick Men, lançado neste ano e que conta com a participação do baterista Pat Mastelotto (ex-King Crimson) e do stick player Michael Bernier. Antes da turnê pela Europa em 2011, a banda excursiona pela América Latina e toca em Porto Alegre e São Paulo pela primeira vez.
Mesmo com o currículo extenso, Tony Levin não para e encontra tempo para participar dos mais variados projetos, do jazz ao heavy metal. O Stick Men é a sua prioridade e o seu filho dileto, mas ele hoje é mais conhecido entre as novas gerações de roqueiros por conta de sua participação em dois projetos extraordinários de metal progressivo.
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