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Arquitetura, decoração e design

Sonho realizado

Por Ana Garrido
Atualização:

    Ana Paula Garrido - O Estado de S.Paulo Quando se mudou, em 2004, para o Edifício Eiffel, na Praça da República, o casal de arquitetos Luciano Margotto e Cristina Tosta realizou o sonho de morar no centro e, de quebra, viver em um símbolo da arquitetura de São Paulo ? o prédio foi projetado por Oscar Niemeyer. ?A gente já gostava de estar em contato com a cidade. E acho que morar aqui tem um papel até educativo, contribui para que a cidade melhore como um todo?, acredita Margotto. Tanto ele quanto Cristina se beneficiam diariamente da localização. Vão a pé para o trabalho e usam os diferentes meios de transporte, como metrô, táxi e mesmo bicicleta. ?Levamos as crianças para passear (de bicicleta) no Copan, nos fins de semana.? Mas não há só vantagens, alerta o casal. ?Não se pode confundi-lo com um bairro. Aqui, o andar térreo é comercial, há um prédio grudado no outro, para ter uma melhor ocupação possível. É uma opção de vida, com a qual quem mora aqui tem de estar disposto a conviver?, diz Margotto. Também há que se considerar o barulho de uma região movimentada como a República ? o que também pode ser minimizado. Além de diminuir depois do horário de pico do trânsito, os moradores acabam se acostumando, segundo Cristina, ou adotam soluções como as janelas antirruído (leia mais no post Amigas do bom som). Por falar em janelas, elas têm uma história à parte neste apartamento. Em uma tentativa de amenizar o ruído, o antigo morador havia trocado as esquadrias originais, de ferro, por caixas de alumínio. ?Nós colocamos caixilhos de aço, parecidos com os de Niemeyer?, explica o arquiteto, que preservou boa parte do projeto. ?Foi uma reforma bem criteriosa.? Entre as raras mudanças, a janela atrás dos cobogós da área de serviço foi retirada para trocar a esquadria, mas ?percebemos que ela não fazia falta?. No andar de baixo do dúplex, as portas dos quartos foram alinhadas na mesma direção e, por não ter viga, vão até o teto. ?Aproveitamos as características vantajosas do imóvel, mantendo sua personalidade. A intenção não foi fazer uma obra grandiosa, mas sim um lugar para a gente viver?, conta Margotto. No caso, viver o centro.    

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