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Arquitetura, decoração e design

Questão de afinidade

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Sem abordar tema específico, a Casa Cor 2014 coloca em evidência o estilo de seus participantes Marcelo Lima - O Estado de S.Paulo Ponto de referência para o mercado nacional de decoração, a Casa Cor 2014 abre suas portas no dia 27 de maio, reunindo em sua locação já permanente, o Jockey Club, 79 espaços, entre casas, lofts, ambientes independentes e jardins. Ao contrário de suas últimas edições, não se organiza em torno de um tema específico. Pode exigir um olhar mais atento, mas cresce em qualidade. "Por menos que possa parecer, nada aqui está por acaso. Um objeto utilitário pode ser também escultural. Não vejo por que não", afirma o gaúcho Ari Lyra, estreante no evento com seu Loft para Ser Feliz. Espaço que, emblematicamente, sinaliza um momento em que o mais importante para os profissionais parece ser investir em autenticidade. Na contramão de qualquer tendência unificadora. "Sou um escravo da arquitetura. E o Jockey e o seu período me alucinam. Mas querer vender decoração de época também não é de todo a minha linguagem, assim, preferi uma mistura de história e atualidade. Uma escolha de design autoral nacional, estrangeiro e de um quase não design. Sem maiores preocupações", sintetiza Roberto Negrete, autor do Loft do Executivo. "O uso de mobiliário de época, do bambu e do latão, ao lado de objetos chineses típicos das casa paulistas dos anos 70, traduzem meu modo de decorar. Minhas escolhas são sempre guiadas pela emoção, nunca pela moda", afirma William Maluf, como Lyra, desde sempre um profissional fiel a seu estilo, claramente reconhecível - e, por isso mesmo, valorizado. (Continue lendo o texto depois da galeria.) [galeria id=11122] Única - e legítima - representante do estilo carioca de decorar na Casa Cor São Paulo, onde mesclou referências clássicas e mobiliário contemporâneo brasileiro, Paola Ribeiro, autora do Living do Empresário, é outra que não abre mão de sua identidade. "Trata-se de um projeto real, possível, que fazemos no dia a dia do escritório para nossos clientes", afirma ela. Não que a mostra deste ano não invista em fórmulas mais ousadas. Como em todo o evento que se pretende de impacto, elas continuam presentes. Porém, visivelmente, mais bem fundamentadas - e construídas. "Dois dos níveis do meu projeto se conectam por uma rampa e patamares de bambu", explica Denise Barreto, que, em sua Casa ao Cubo, optou por contrapor o natural ao tecnológico. "Procurei mostrar que é possível harmonizar móveis contemporâneos e ambientação clássica", explica outro veterano de Casa Cor, o arquiteto baiano David Bastos. Com 80 m², sua majestosa sala de jantar (nossa capa) exibe um pé-direito de 4,5 m e, no teto, um afresco impresso digitalmente. Além de uma decoração aparentemente singela, em claro confronto com a grandiosidade que o ambiente transmite. "Uma mostra de decoração dessa magnitude é uma ocasião interessante para revelar conceitos e proporcionar experiências estéticas que vão além do que é encontrado no dia a dia das pessoas" afirma Bastos. Em fina sintonia com os novos tempos da Casa Cor. Serviço: Casa Cor São Paulo, de 27 de maio a 20 de julho. De terça a sábado, das 12h às 21h30; domingos e feriados, das 12h às 20h. Durante a Copa os portões serão fechados meia hora antes dos jogos e aberto meia hora depois. Os visitantes que estiverem no Jockey Club poderão continuar na mostra. Na abertura da Copa (12/6), a Casa Cor não vai abrir. Ingresso: de terça a sexta-feira, R$ 45; sábados, domingos e feriados, R$ 57; passaporte, R$ 120. Mais informações: (11) 3819-7955 e www.casacor.com.br Veja mais: Tudo em um só lugar Para reunir a família Quase uma galeria Pequenos versáteis Reinvenção do passado Jardins para se inspirar Diversão garantida Nos bastidores da mostra    

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