Que Rogério Ceni é o grande termômetro do São Paulo todo mundo já sabe. A bronca que o goleiro deu em seus homens de defesa depois do gol da vitória do Internacional é o exato retrato de um time apático, sem brilho e que precisa remar muita para avançar às finais da Copa Libertadores.
"Como eu posso ter gostado do jogo? Não criamos chances e perdemos por 1 a 0", atacou o capitão. No lance do gol, é melhor nem levar a fita do jogo para aquela tradução do Fantástico, da TV Globo, para saber o que ele disse.
O São Paulo não sofria tanta pressão de um adversário desde a final do Mundial de Clubes da Fifa de 2005. A diferença básica é que contra o Liverpool se doou até os cacos para vencer os temíveis ingleses. O Inter - bem mais modesto, evidentemente - poderia inclusive ter feito mais.
Contra o Liverpool, não deu um chute sequer no segundo tempo. Nessa quarta diante do Inter, o primeiro veio aos 11 da etapa complementar. Renan só foi fazer efetivamente uma defesa no minuto final. Pouco para quem tenta recuperar as glórias do passado, como bem lembra o hino.
