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O futebol-arte voltou. E venceu

Claro que agora todo mundo vai dizer que é preciso conter a euforia, que foi apenas um amistoso, etc. Verdade, mas que a estreia da nova seleção brasileira foi melhor do que a encomenda, lá isso ninguém pode negar. De cara, restabeleceu o estilo brasileiro de jogo, com muito toque de bola. E, com esse toque de bola envolveu várias vezes a defesa norte-americana.

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Os gols saíram de belas jogadas, a cabeçada de Neymar com o cruzamento de André Santos e o de Pato, com lançamento de Ramires. Mano acertou a apostar no entrosamento do trio santista formado por Robinho, Ganso e Neymar. Pato também jogou muito bem e gostei da nova zaga, com este Davi Luís e Thiago Silva. E dos dois volantes - Ramires e Lucas, que marcam e sabem jogar. Com as substituições ao longo do jogo, o padrão não caiu.

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Neymar foi o melhor em campo. Parece que já nasceu com aquela camisa amarela no corpo. Nem ele nem Ganso sentiram a estreia e jogaram em New Jersey como se estivessem na Vila Belmiro. Enfim, a seleção foi muito bem, com a exceção de um veterano, Daniel Alves, que errou passes seguidos e destoou um pouco. Mas, em face de tudo que se viu, esse é um detalhe.

Se viu o jogo, Dunga deve ter morrido de raiva. Como é possível deixar um time livre para criar desse jeito? Jogar com três atacantes e ainda por cima no campo do adversário? Que absurdo!

A verdade é que o placar foi magro para o que se viu em campo. A seleção brasileira massacrou a norte-americana; perdeu vários gols e quase não sofreu qualquer risco na defesa. Quase no final do jogo houve uma indecisão da zaga, mas então Victor apareceu e conseguiu evitar o gol americano, que seria imerecido.

É apenas o início de um longo trabalho. O importante é que o futebol-arte voltou. E venceu.

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