O Palmeiras dificilmente terá de novo um caminho tão fácil para chegar à decisão de uma competição internacional do peso da Copa Sul-Americana. A derrota diante do rebaixado Goiás é uma mancha na história de vitórias do clube, mas não tem como principal culpado o técnico Luis Felipe Scolari, apesar de o treinador não ter conseguido fazer o time reagir no segundo tempo.
No próximo domingo, o Palmeiras enfrenta o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. O rival carioca briga com o Corinthians pelo título. Uma situação complicada para Felipão. Os torcedores, muitos deles, gostariam de uma derrota para não ver o rival alvinegro triunfar. Os jogadores, em contrapartida, devem querer dar uma resposta dentro de campo.
Mas o que mais preocupa o torcedor é o futuro. O que acontecerá com o Palmeiras? Em janeiro, o clube passará por eleições. Luiz Gonzaga Belluzzo retorna ao cargo nesta quinta-feira, se voltar, e terá uma dura missão de tentar um acordo para que Felipão consiga montar um planejamento decente para 2011 para o Paulistão e a Copa do Brasil.
Belluzzo conseguiu a proeza de rachar até mesmo a situação. Quem vai triunfar em janeiro? Ninguém sabe. Felipão vai continuar devido ao seu alto salário? Ninguém sabe.
O Palmeiras segue mergulhado numa crise que parece não ter fim. A torcida deve cobrar os dirigentes por uma união, claro que uma cobrança com respeito, sem violência. Se o Palmeiras não se fechar e trabalhar seriamente, o ano de 2011 terminará da mesma forma como acabou o jogo diante do Goiás no Pacaembu.