Uma matéria sobre esse assunto está no Caderno 2 de terça-feira, dia 11, leia aqui o texto.
A seguir, as expectativas do mercado editorial com relação ao programa.
"O Vale Cultura sem dúvida irá proporcionar aos brasileiros a ampliação do acesso ao conhecimento. A nossa expectativa é muito grande, pois desde o anúncio do programa percebemos sua relevância e acreditamos que o setores editorial e livreiro serão bastante beneficiados", comenta Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro. Um dos desafios para o mercado editorial será atrair esse contingente de novos consumidores para dentro das livrarias. "Caberá aos setores trabalharem de modo proativo para cativar o público. Para isso, a CBL está à inteira disposição de seus associados e setores afins para trocar informações e discutir novas formas de promover o livro. Um bom momento para colocar em prática a criatividade, por exemplo, será na Bienal Internacional do Livro, que acontece em agosto próximo. O Vale Cultura poderá ser usado na compra de ingressos e, claro, para a aquisição de livros durante todo o evento."
Para Pansa, o programa vai mexer com o mercado "de forma grandiosa". Ela explica: "O Vale Cultura permitirá a ampliação das vendas em curto prazo. Só para fazermos um exercício, se cada indivíduo inicialmente beneficiado - a projeção é de que um milhão de trabalhadores seja contemplado no primeiro ano - comprar um livro por mês, serão 12 milhões de exemplares anuais. Isso significa quase 5% dos 268,56 milhões vendidos em 2012 nas livrarias e outros canais de comercialização ao público final."
Sobre como o Vale Cultura pode ajudar as pequenas e médias livrarias a sobreviverem, Xavier diz: "Inicialmente o próprio livreiro deverá tomar iniciativas. Ele tem que se mostrar ativo e criar possibilidades. Como já vem trabalhando junto às escolas e professores, por exemplo, na venda do livro didático, ele deverá estreitar seu relacionamento com a comunidade local. Não apenas com seus clientes/leitores, mas principalmente com as empresas de sua região, num corpo a corpo direto com os departamentos de RH, criando iniciativas que atraiam os novos leitores que surgiram com o Vale Cultura.
Como os vendedores já usam máquinas de cartão de crédito, a adesão ao programa será fácil. "Nos últimos meses do ano passado demos orientação jurídica e contábil às empresas associadas para atenderem as exigências do Vale Cultura, credenciamos e distribuímos a elas os contatos dos operadoras e, no Salão de Negócios, abrimos espaço para operadoras credenciarem na mesma hora os associados que ainda não estavam aptos a aceitarem o Vale Cultura", conta. "Waldemar Correa, que comanda uma equipe de vendedores no Rio Grande do Sul, foi o primeiro a se credenciar."