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Na pista e no campo

Mundial de Atletismo teve sete casos de doping - por enquanto

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) divulgou que o Mundial de Atletismo disputado em Moscou, encerrado há um mês, teve sete casos positivos para doping. As amostras são referentes apenas aos exames de urina, realizados antes e durante a competição - foram 670 testes, 538 nas duas semanas de torneio e 132 antes de a disputa começar.

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Todos os sete atletas já estão suspensos ou aguardando a análise da amostra B. O único dos atletas com positivo que chegou a disputar uma final foi o ucraniano Roman Avramenko, 5º colocado no lançamento do dardo.

Os números da IAAF, entretanto, podem - e provavelmente - não serão definitivos. A entidade tem feito reanálises constantes das amostras coletadas, que ficam guardadas por pelo menos oito anos. E sempre há o que se descobrir.

Em março deste ano, seis atletas foram flagrados após nova análise de exames do Mundial de Helsinque, em 2005. Dentre os positivos encontrados, o mais significante foi a bielorrussa Nadzeya Ostapchuk, que havia conquistado a medalha de ouro no arremesso do peso.

Em 2012, pouco antes da Olimpíada de Londres, reanálises do Mundial de Daegu, disputado no ano anterior, evidenciaram o doping de três atletas. A búlgara Inna Eftimova teve positivo para hormônio do crescimento sintético - foi apenas a segunda vez, no atletismo, em que esse tipo de substância foi encontrada. Duas atletas ucranianas - Nataliya Tobias e Antonina Yefremova - foram flagradas em um teste feito antes até do Mundial, nos chamados testes fora de competição.

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Outra possibilidade para o aparecimento de casos extêmporaneos é a análise do passaporte biológico, introduzido pela IAAF em 2009. A técnica consiste na análise constante de amostras de sangue, buscando variações de níveis hormonais. Até agora, sete atletas já foram punidos por esse tipo de análise.

Desde o Mundial de Daegu, todos os participantes concederam amostras de sangue. Em Moscou, não foi diferente. As coletas de 1.919 atletas foram feitas nos quatro hotéis oficiais do evento, analisadas pelo laboratório russo e enviadas para Lausanne, onde passarão por exames ainda mais profundos.

Nadzeya Ostapchuk perdeu o ouro de Helsinque-05 
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