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Na pista e no campo

Fabiana Murer persegue o recorde sul-americano

Aos 33 anos, campeã mundial mostra que longevidade e busca por desafios podem, sim, caminhar juntos

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

Fabiana Murer completou 33 anos em março e já tem data para deixar as pistas de atletismo: a Olimpíada de 2016. É uma brasileira que conquistou títulos únicos para o atletismo brasileiro, ao ser a única mulher campeã mundial - indoor, em 2010, e outdoor, no ano seguinte - e a ter conquistado a Liga Diamante. Poderia ter se acomodado com os louros, contentando-se em chegar aos Jogos do Rio como participante. Mas mostra que está longe disso, em sua busca por melhorar o recorde sul-americano

Fabiana Murer dá autógrafos no Estádio Louis II, em Mônaco. Crédito: Patrice Masante/Reuters Foto: Estadão

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que já é seu há anos.

Desde 2011, Fabiana não alcançava a marca dos 4,80 m. Seu recorde sul-americano, de 2010, é 4,85 m, igualado no ano seguinte, quando conquistou o ouro no Mundial de Daegu. Nos últimos dois anos, a saltadora passou por alguns percalços. Em 2012, ano da Olimpíada de Londres, abriu mão da temporada indoor e, nos Jogos, nem sequer passou à final - a polêmica do vento forte deu sequência ao drama olímpico de Pequim, quando uma de suas varas foi perdida. No ano passado, Fabiana se machucou na temporada indoor, com uma lesão no tendão de Aquiles, e teve sua preparação prejudicada para o Mundial de Moscou. Ainda assim, foi quinta colocada.

Para 2014, Fabiana descartou mudanças em seu treinamento. "Se o Vitaly e o Elson quiserem mudar, que seja com os mais novos", brincou, sobre os treinos da temporada que começaram em outubro de 2013. Já na temporada indoor, que voltou a disputar em sua totalidade, a brasileira conquistou o quarto lugar no Mundial de Sopot (Polônia), mas fez a mesma marca (4,70 m) das medalhistas. Na pista ao ar livre, a meta de melhorar o recorde sul-americano ficou mais próxima. Na etapa de Nova York da Liga Diamante, alcançou os 4,80 m e buscou os 4,86 m. Hoje, em Mônaco, novamente foi para o recorde. Não conseguiu, mas lidera o principal circuito de provas da IAAF. Um exemplo de que a longevidade e a renovação de objetivos podem, sim, caminhar juntos.

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