Desde a semana passada, clientes da companhia no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília reclamam de apagões na prestação do serviço, em especial nos planos corporativos, um dos focos da operadora na disputa pelo mercado. A Anatel informou que somente se posicionará sobre a questão nos próximos dias.
A empresa reconhece que está havendo falhas na prestação do serviço e diz que a expectativa é solucionar definitivamente os problemas no período de seis meses, como informou o presidente da Intelig, Rogério Takayanagi.
Segundo ele, este é o tempo necessário para concluir a integração dos processos das duas empresas, TIM e Intelig, cuja junção ocorreu em 2009. Os problemas ocorrem, segundo informou, devido à padronização operacional, e não por deficiência de infraestrutura.
"A TIM tem crescido na velocidade de um pequeno país todo ano. Podemos frear o crescimento e aumentar as tarifas. Mas esse não é o objetivo dos operadores", diz Takayanagi, completando que assumiu a presidência da Intelig neste mês com a missão de concluir a integração das empresas e garantir qualidade no serviço.
Em meio ao processo de transição, os clientes seguem reclamando. "A minha sorte é que trabalho com outra operadora de telefonia, alternativa à TIM/Intelig. Caso contrário, teria quebrado", contou Fábio Luiz Oliveira do Nascimento, diretor da Netway, provedora de internet no Rio. A Netway ficou sem acesso à internet por uma semana, entre os dias 15 e 21 de setembro. Sem sucesso na tentativa de retomar o serviço, pediu o cancelamento do contrato.
O consumidor avalia que o serviço da Intelig, da qual era cliente, piorou após a aquisição da operadora pela TIM. "A minha empresa vende acesso à internet. Antes da compra pela TIM isso não acontecia. A Intelig era uma empresa muito mais estável", reclamou.
Atualmente, a TIM Intelig enfrenta acusação do Ministério Público do Paraná de derrubar ligações de clientes que pagam por discagem e não por tempo, o que está sob investigação da Anatel.
Colaborou Rodrigo Petry