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Funcionário da Embaixada do Brasil em Islamabad testemunhou a operação

No twitter @AdrianaCarranca

Por adrianacarranca
Atualização:

Passava pouco de 1h quando o paquistanês Qaiser Iqbal Awan, funcionário da Embaixada do Brasil em Islamabad, acordou assustado com o barulho de helicópteros sobrevoando a vizinhança nos arredores de Abbottabad, uma cidade militar a 116 quilômetros da capital paquistanesa. A mulher dele e os três filhos também acordaram, assustados. Awan saiu na calçada para ver o que estava acontecendo e viu dois "enormes helicóteros" sobre Abbottabad.

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De repente, um estrondo. "Nós achamos que fosse uma bomba", disse ao blog Pelo Mundo, por telefone, de Islamabad. Awan pediu que a mulher e os filhos se protegessem, no quarto do casal. Depois da explosão, houve um grande silêncio, de "uns 10 minutos, pelo menos". E, então, os tiros começaram. "Eram muitos tiros, um barulho muito forte, de armas pesadas, metralhadoras", ele conta. Segundo Awan, o tiroteio levou cerca de "15 ou 20 minutos". E, então, tudo silenciou novamente.

Foi só na manhã seguinte que Awan soube se tratar de uma operação militar americana que resultou na morte de Osama Bin Laden.

"Nunca imaginamos que Bin Laden pudesse estar aqui", diz. Awan nasceu e foi criado no subúrbio de Abbottabad, assim como seus pais, irmãos, tios, primos. "Estão todos absolutamente chocados com a notícia aqui". O bairro onde Awan mora fica a cerca de dois quilômetros da base militar paquistanesa na cidade. "Abbottabad é uma cidade militar, cercada por soldados das forças paquistanesas. Ninguém jamais poderia imaginar que Bin Laden estivesse aqui, tão perto".

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