E eles não estarão sozinhos: softwares de aprendizagem adaptativa (adaptive learning) acompanharão o rendimento deles bem como dos alunos, estejam onde estiverem, dia a dia, traçando correlações estatísticas entre as notas obtidas e as características dos assuntos ensinados (dificuldade, formato, tipo de interação, professor que interveio no assunto, horário da aula, etc.), chegando-se a conclusões extremamente específicas e individualizadas da forma como cada um de nós aprendemos.

O que definia uma escola até pouco tempo atrás eram suas instalações, seu quadro de professores e os livros que eles recomendavam. Pouco a pouco, toda esta estrutura começa a ruir e começa a ser questionada como a combinação ideal de recursos para o aprendizado. A escola como local de encontro se tornará algo obsoleto quando os processos pedagógicos começarem a ser reorganizados pela ótica dos alunos. Sob esta ótica, possível apenas pela universalização da telecomunicação pessoal, os sistemas de troca de informação passarão a ser conduzidos pelo próprio indivíduo interessado no aprendizado, com uma rede sempre presente de apoio.
A partir daí, o professor deixará de ser aquele antigo e privilegiado agenciador de informações para assumir um papel ainda mais nobre no processo educativo: o de se tornar um mentor responsável por dar sentido à sobrecarga de informações e fazer esta rede interagir de maneira responsável e construtiva. ***
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